Uso de dinheiro falso aumenta no fim do ano

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Uso de dinheiro falso aumenta no fim do ano

Ocorrências de cédulas falsificadas chegaram à delegacia de Lajeado. Investigação será repassada à Polícia Federal. CDL afirma que esse tipo de fato é mais comum durante liquidações e no período de Natal e Ano Novo

Uso de dinheiro falso aumenta no fim do ano
(Foto: Divulgação)
Vale do Taquari

O que parecia um bom negócio se transformou em dor de cabeça. A vítima, que prefere não ser identificada, postou em um grupo de Facebook a venda de um aparelho de telefone. Passadas algumas horas, um homem se prontificou em pagar à vista.Houve o acerto, ambos marcaram um local para a troca. Ele pagou cerca de R$ 1 mil em notas de R$ 100. Dinheiro que seria usado para acertar contas e prestações em lojas no centro de Lajeado.

Após dar o dinheiro e pegar o celular, o homem deixou o lugar muito rápido. As notas pareciam novas. Foi até uma loja e pagou um carnê. Desconfiada, resolveu comprar uma caneta especial. Foi quando percebeu que eram falsas.

Logo depois, ligou para loja em que esteve e avisou sobre o problema. Ao tentar um novo contato com o comprador, percebeu que conta na rede social havia sido desfeita.

Outro episódio ocorreu faz cerca de dez dias. O Pelotão de Operações Especiais da Brigada Militar foi alertado de que um menor tentou repassar uma nota falsa para um ambulante no centro de Lajeado. Em seguida, o adolescente foi apreendido.

De acordo com o delegado da Polícia Civil da cidade, Márcio Moreno, algumas dessas situações não chegam ao conhecimento das autoridades. Hoje há duas ocorrências na DP sobre uso de dinheiro falso na cidade.

“Não temos informações de que há um grande volume de notas falsas circulando. Mas é importante destacar que todos os anos há crimes dessa natureza, em especial neste período.”

A investigação deste tipo de crime é feita pela Polícia Federal. As informações coletadas pela PC de Lajeado serão repassadas ao órgão.

“Em época de liquidação, há sempre esse risco”

O presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL Lajeado), Aquiles Mallmann, reforça a afirmação do delegado. “Em época de liquidação, há sempre esse risco. Tivemos ano passado e também em 2018 algumas informações de dinheiro falso no comércio.”

De acordo com ele, são fatos esporádicos, mas que merecem atenção para evitar prejuízos. “Muitas vezes são notas que vem de fora da cidade e que tentam nos passar.” Com as informações de que há notas falsificadas, a CDL elabora um comunicado para os associados. “É uma forma de ajudar os lojistas a ficarem atentos.”

Fábrica de dinheiro

No dia 27 de outubro, uma fábrica que fabricava dinheiro falso foi descoberta no litoral gaúcho. Um homem foi preso e foram aprendidas notas de R$ 100. No local, havia o montante de R$ 500 mil falsos.

A suspeita é que algumas das notas descobertas na região tenham tido como origem essa fábrica clandestina. Pelo código penal, falsificar, fabricar ou alterar moeda metálica ou papel moeda de curso legal no país ou no estrangeiro é crime previsto no artigo 289. A pena varia de três a 12 anos de prisão e multa.

Estará sujeito à mesma pena quem importar ou exportar, adquirir, vender, trocar, ceder, emprestar, guardar ou introduzir na circulação moeda falsa. Mesmo tendo recebido de boa fé, comete crime, com pena prevista de seis meses a dois anos e multa, quem a recebe e a mantém em circulação, repassando a outros.

Cada vez mais difícil de identificar

As dicas de olhar o tipo de papel, a marca d’água e o fio de segurança podem ajudar a identificar uma nota falsa. Porém, não são garantia. Pelas investigações da Polícia Federal, há quadrilhas especializadas que usam maquinário diversificado e várias técnicas gráficas para imprimir dinheiro falso, simulando itens de segurança das notas verdadeiras.

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