Outubro fecha com mais de 1,1 mil empregos criados

Terceiro mês em alta

Outubro fecha com mais de 1,1 mil empregos criados

Desde agosto o saldo de admissões supera as demissões. Ainda assim, no acumulado do ano, foram extintos 288 postos de trabalho nas 38 cidades da região

Outubro fecha com mais de 1,1 mil empregos criados
(Foto: Divulgação)
Vale do Taquari

Após a queda histórica nos índices de empregabilidade, o Vale do Taquari vive três meses de ascensão. Agosto, setembro e outubro reduziram o déficit no trabalho com carteira assinada de -3.273 para -288.

Esse é o resumo do Cadastro Geral de Empregos (Caged), do Ministério da Economia, divulgados ontem. Dados de outubro mostram a continuidade do saldo positivo. O mês fechou com 1,1 mil postos abertos. É um pouco menos do que setembro, quando a abertura de vagas de trabalho superou em 1.405 o total de demissões.

“É uma ótima notícia”, afirma o presidente da Câmara da Indústria e Comércio da região (CIC-VT), Ivandro Rosa. Para ele, com a tendência de continuidade na geração de empregos, é possível que o Vale encerre o ano com um saldo positivo.

Na avaliação da presidente do Conselho Regional de Desenvolvimento (Codevat), Cintia Agostini, esses resultados demonstra que a região tem capacidade de se recuperar da crise provocada pela pandemia com mais rapidez que outras localidades gaúchas.

Essa condição está atrelada à diversidade e a dinâmica econômica, diz o economista e professor da Univates, Eloni Salvi. “A indústria alimentícia foi o setor menos impactado pela covid-19”, frisa.

Em outubro, dos 38 municípios, apenas cinco tiveram saldo negativo. Com relação aos seis maiores municípios (Lajeado, Estrela, Teutônia, Encantado, Arroio do Meio e Taquari), pela terceira vez no ano todos encerram o mês com números positivos.

As cidades mais populosas representam quase 75% de todo o emprego com carteira assinada na região. No recorte dos municípios, o acumulado do ano é positivo, com 392 postos. No específico, duas estão com saldo no vermelho de janeiro a outubro. Estrela com -64 enquanto Teutônia com -515.

Perspectivas

Para Cintia Agostini, o resultado negativo de abril, quando mais de 2,8 mil postos de trabalho foram encerrados, é difícil de se repetir. “Não acredito que termos picos ruins como no início da pandemia. Mesmo que tenhamos restrições, aprendemos a lidar melhor com isso.”

No comércio, na indústria, nos serviços, houve adaptações, destaca a presidente do . “As lojas já sabem como atuar melhor no online. O supermercado faz entregas nas casas. Agora, com a chegada do fim do ano, mesmo que seja diferente de outras épocas, não acredito em uma nova queda que prejudique a empregabilidade.”

O economista Eloni Salvi parte de outra análise. Para ele, tudo depende do grau de contágio nos próximos meses e da chegada de uma vacina contra o vírus. “Um novo tombo na economia e nos empregos depende dessa aceleração da doença. Se a vacinação demorar a chegar, pode ser que tenhamos novos traumas.”

Maiores cidades

Lajeado, Estrela, Teutônia, Encantado, Arroio do Meio e Taquari representam quase 75% de todas as carteiras de trabalho assinadas na região, composta por 38 municípios. Confira o acumulado do ano nessas cidades:

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