União avalia socorro a produtores do Rio Grande do Sul

Perdas no campo

União avalia socorro a produtores do Rio Grande do Sul

Reivindicações de agricultores foram apresentadas em videoconferência com a ministra da Agricultura, Tereza Cristina. Entidades representativas pedem linhas de crédito e aumento nos estoques de milho para a pecuária leiteira

União avalia socorro a produtores do Rio Grande do Sul
Segunda estiagem em 2020 impacta sobre o RS. Com as perdas do segundo semestre e com a quebra na safra 201920, deixam de circular mais de R$ 36 bilhões na economia gaúcha (Foto: Arquivo A Hora)
Vale do Taquari
oktober-2024

As perdas na safra de milho neste ciclo, que superam os R$ 500 milhões, junto com a alta nos custos da agricultura gaúcha foram tema de reunião entre representantes dos produtores e a Ministra da Agricultura (Mapa), Tereza Cristina.

Na conferência via internet foi entregue a lista de reivindicações que visam amenizar os prejuízos causados pela falta de chuvas. O pior cenário está no Norte e Noroeste gaúcho, onde 50 municípios já decretaram situação de emergência devido à estiagem.

No documento, as entidades solicitam agilidade na emissão do Relatório de Comprovação de Perdas (RCP) ao agente financeiro, permitindo a implantação de outra cultura. Também a criação de linha crédito para custeio de milho emergencial, sem impacto no risco bancário e no limite de crédito, além do aumento da oferta de milho destinado ao estado.

A ministra da Agricultura, Teresa Cristina, afirmou que conhece o cenário enfrentado pelos produtores gaúchos. Ela solicitou mais dados sobre a situação. As informações farão parte do relatório de perdas e serão necessários para elaboração de políticas públicas para atender o setor.

Entre as solicitações, a ministra se comprometeu em aumentar a oferta do milho balcão para as regiões mais afetadas pela escassez de chuva.

Na avaliação do presidente da Fetag, Carlos Joel da Silva, o encontro foi importante por alertar o governo federal sobre os riscos de uma segunda seca no RS em 2020. Ainda assim, afirma não haver nenhuma medida concreta. “Recebemos promessa de busca por soluções, mas isso não resolve os problemas.”

De acordo com ele, a situação é grave, pois as perdas na lavoura de milho, plantados em agosto, setembro e outubro foram de 100% no Norte e Noroeste gaúcho. Nas regiões mais atingidas, há um plantio mais cedo do cereal em comparação com o Vale do Taquari.

A falta de milho, além de prejudicar o agricultor que fica sem produto para vender, afeta os produtores da cadeia leiteira. Também já há prejuízo nas pastagens, o que obriga a alimentação com ração, o que torna o trato mais caro.

Pedidos ao Governo Federal

O documento foi formulado pela Fetag, Emater\Ascar-RS, Famurs, Fecoagro e Farsul
• Permitir a implantação de outra cultura financiada após a entrega do Relatório de Comprovação de Perdas (RCP) que apresente perdas superiores aos 60%;
• Criar uma linha de crédito de custeio de milho emergencial que não tenha impacto no risco bancário e no limite de crédito para permitir o produtor rural implantar outro empreendimento;
• Aumento dos estoques de milho no RS por meio do envio de pelo menos 100 mil toneladas para ser vendido pela Conab;
• Aumento do limite de consumo de milho para bovino de leite de 60 para 120kg/mês no programa da Conab;

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