Na noite de domingo, 22, integrantes da Amando, Protegendo e Ajudando Muito os Animais (Apama), de Lajeado, receberam um pedido inusitado. Habituadas a acolher cães vítimas de abandono e maus tratos, elas foram procuradas pela Brigada Militar para abrigar dois galos resgatados de uma rinha no bairro Conventos, onde fica o canil da Apama. Foi a primeira vez que a ONG recebeu animais resgatados em rinha.
Os animais chegaram bastante feridos. Um deles tem dificuldade de andar e se alimentar em função dos ferimentos e do bico quase totalmente gasto.
“A gente botou ele na gaiola e ele fica parado, olhando para a frente. Ele não tem o comportamento de um galo normal”, conta Leana Azambuja.
No local, os animais devem ganhar nomes e espaços separados dos demais. “A gente vai reabilitá-los e fazer um cercado. Temos um galinheiro, só que eles não podem ficar com outros galos, porque eles foram treinados para brigar e matar outros galos. Vamos fazer uma divisão e deixar eles soltos, mas separados”, afirma Ana Rita Azambuja, voluntária da Apama.
A família não come carne, então a ideia é garantir uma “vida normal” aos animais, a partir do resgate.
Operação resgata 24 galos
No fim da tarde desse domingo, 22, a Brigada Militar resgatou 24 galos utilizados para rinha, no bairro Conventos, em Lajeado.
Após denúncia anônima, foi localizado um galpão com estrutura para criação de galos, além de local para as brigas, que ficava em uma área verde aos fundos da residência do proprietário.
Foram encontrados cinco participantes da rinha, que assinaram termo circunstanciado. No local, havia ainda material para manejo, como bicos e esporas de metal, linha, tesoura e retovo.
Os outros animais foram encaminhados à Rede De proteção Ambiental e Animais (Repraas). De acordo com a entidade, os animais passarão por atendimento veterinário e serão doados a moradores do interior.
