Como resolver a baderna na Talini?

lixo, rachas e muito barulho

Como resolver a baderna na Talini?

Em reunião no MP, promotor defende que grupo crie associação de moradores e fortaleça laços com a Univates para a colocação de câmeras de monitoramento. Possibilidade de fechamento da via aos finais de semana não é descartada

Como resolver a baderna na Talini?
Lajeado

Morar no entorno da Avenida Avelino Talini, no bairro Universitário, tornou-se uma verdadeira dor de cabeça. A perturbação do sossego aos finais de semana tira, literalmente, o sono de muita gente e desafia autoridades na busca por ações efetivas. Ontem, uma reunião no Ministério Público debateu possíveis soluções para o trecho.

A reunião foi solicitada por um grupo de moradores, cada vez mais incomodados com a “baderna”. Representantes da Brigada Militar, Secretaria de Segurança Pública e os vereadores eleitos Márcio Dal Cin e Paula Thomas participaram da audiência, mediada pelo promotor Sérgio Diefenbach.

O episódio do último fim de semana, onde o veículo de uma pessoa que visitava um parente foi vandalizado, esgotou a paciência da vizinhança, ainda que o trabalho das forças de segurança seja elogiado por moradores.
“A BM e o Departamento de Trânsito estão atuando de forma ostensiva e percebemos uma melhora nas últimas semanas, mas queremos algo concreto para diminuir ou acabar com os problemas”, relatou um dos moradores, que não quis se identificar. “Já conseguimos a proibição do estacionamento na avenida, mas eles migraram para outras ruas”.

Além da perturbação de sossego, outros problemas identificados são os rachas entre os veículos, o consumo de bebida alcoólica por menores de idade e também o tráfico de drogas. Um bar em específico também foi citado, por descumprimento dos decretos municipais.

Associação de moradores

Para Diefenbach, é necessário que haja um equilíbrio na convivência entre moradores, estabelecimentos e frequentadores da avenida. Hoje, segundo ele, há excessos principalmente por parte dos terceiros. “Se a convivência entre todos não for modulada, pode terminar de forma trágica”, alerta.

A criação de uma associação de moradores do entorno da avenida, conforme o promotor, é um primeiro passo. Ele sugere que a mesma seja construída em diálogo com a Univates e propõe que ambos se unam para a colocação de câmeras de monitoramento 24 horas em diferentes pontos, facilitando a identificação de pessoas e veículos em possíveis excessos.

Diefenbach lembra que a Talini, por sua infraestrutura, “agrava” a situação. Por isso, alguns moradores pedem o fechamento dela aos fins de semana, possibilidade que não é descartada. “É uma avenida asfaltada, limpa, alta, não tem tanta casa e conta com bares e várias paradas de ônibus, que são um convite para as pessoas sentarem”, afirma.

“Sempre os mesmos”

Conforme o secretário municipal de Segurança Pública, Paulo Locatelli, já foram realizadas quase 60 operações conjuntas do programa Pacto pela Paz. Destas, 19 foram especificamente no trecho da avenida Talini. Já o tenente Fábio Railander Dias Silveira, da Brigada Militar, defende a participação do Conselho Tutelar nas ações que envolvam a presença de menores no local.

Um dos moradores salienta que o grupo que comete excessos na avenida “são sempre os mesmos” e lembra que muitos não registram boletim de ocorrência sobre a perturbação com medo de se expor. “Nós não sabemos quem são as pessoas ali. Pode ser um traficante, algum foragido”, comenta.

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