“Acima de tudo, era um cara que amava Lajeado”

Luto

“Acima de tudo, era um cara que amava Lajeado”

Empresário Italo Reali morreu na quinta-feira, aos 72 anos, vítima de infarto fulminante em Garopaba. Líderes e amigos destacam trajetória, legado e amor pela cidade

“Acima de tudo, era um cara que amava Lajeado”
Na Slan, Reali foi tesoureiro, presidente e vice (Foto: Divulgação)
Lajeado

Com uma extensa ficha de serviços prestados à comunidade, Italo Reali faleceu na quinta-feira, 19, aos 72 anos. Além dos familiares, deixa enlutados amigos, ex-colegas e lideranças da cidade. Mas, para todos, permanecem vivos os bons momentos e, sobretudo, o amor que Reali tinha por Lajeado e pelo Centro Histórico.

Natural de Bento Gonçalves, Reali mudou-se para Lajeado quando tinha apenas nove anos. Estabeleceu-se na cidade, trabalhou em grandes empresas da cidade e teve um forte envolvimento comunitário, tornando-se um autêntico cidadão lajeadense, reconhecimento oficializado no ano passado, por meio de homenagem na Câmara de Vereadores.

Reali tomava chimarrão com a esposa, Vanessa, em sua casa de praia em Garopaba, Santa Catarina, quando sofreu um infarto fulminante. O velório ocorrerá na capela D da Diersmann, em Lajeado, das 8h ao meio-dia desta sexta-feira, 20. Após, será cremado em São Leopoldo.

“Ele queria voltar para a Prefeitura”

“Por dois anos e meio, tivemos um contato diário. E a gente estudava a possibilidade do seu retorno. Ele tinha uma vontade de voltar para a prefeitura. Acima de tudo, era um cara que amava Lajeado”, relata o prefeito Marcelo Caumo, que convidou Reali para atuar no governo municipal nos primeiros anos de sua gestão.

Reali atuou como coordenador de Relações Comunitárias. E, conforme Caumo, foi o entusiasta do Parque da Orla, novo espaço de lazer da cidade. “Tivemos um grande aprendizado com ele, que só temos noção do tamanho e da importância quando paramos para refletir tudo o que ele nos ensinou em 2 anos”, afirma. O município deve decretar luto oficial de três dias.

“Falar dele toca o coração”

A diretora do Colégio Madre Bárbara, Maria Elena Jacques, destaca a grande pessoa que foi o empresário e líder comunitário. “Falar dele toca o coração e as emoções porque sempre foi um grande homem, simples, batalhador, amigo e uma grande pessoa sempre preocupada em servir”, ressalta.

Maria Elena recorda que Reali ajudou na Associação de Pais e Mestres e sempre vibrou com as conquistas e obras realizadas. “Elogiava a forma que o Madre Bárbara educava suas crianças e jovens, como trabalhava a importância da família, os eventos e a festa dos avó e as celebrações. Ele sempre dizia que o colégio era o complemento da família porque fazia com que as crianças aprendessem a rezar, valorizar, a serem alegres, a cantar e ser alguém do bem”, recorda.

“Vamos manter o comitê em sua memória”

Abalado com o falecimento de Reali, o presidente do Comitê Gestor do Centro Histórico, André Jaeger, diz que o grupo se unirá ainda mais para que “os sonhos dele se tornem realidade”.

“O comitê ficou órfão. Ele era nosso presidente benemérito. Ainda semana passada tivemos uma reunião para tratar de projetos da área da segurança. É uma grande perda para Lajeado, pois ele é um cara que sonhava. E nossa missão é continuar com o comitê em memória dele”, salienta.

Jaeger lembra que Reali, após a enchente histórica de julho, pensou em deixar sua casa no Centro Histórico. “Chegou a comprar um terreno no Alto do Parque, mas voltou atrás, pois gostava muito dali”, comenta.

Homenagem da Slan

Entre 2016 e 2017, Reali presidiu a Sociedade Lajeadense de Apoio à Criança e ao Adolescente (Slan) e deixou sua marca por lá. Ontem, a entidade divulgou uma nota destacando o trabalho dele durante sua gestão.

“(…) Falar no Seu Ítalo nos reporta a uma pessoa incrivelmente comprometida com tudo que abraçava. São tantas lembranças dele nesta entidade, que viu nele um presidente extremamente amoroso e carinhoso com as crianças, adolescentes e colaboradores da Slan. Nunca mediu palavras para enaltecer esta entidade pela sua importância na vida de tantas pessoas”, diz a nota.

Currículo e trajetória

Graduado em Ciências Econômicas (1974) pela Univates, Ítalo Reali atuou em diversas empresas da cidade, sendo diretor da Minuano por mais de 20 anos. Passou também pela Florestal Alimentos, Unibanco, Dinacon e outras.

Também foi diretor da Associação Comercial e Industrial (Acil) em diversas gestões e áreas e integrou o conselho de administração da Univates. Ainda, atuou como presidente da Associação dos Avicultores do RS (Asgav), do Comitê Gestor do Centro Histórico, da Slan, foi diretor social dos clubes Tiro e Caça (CTC) e Caixeiral, do CPM do Colégio Madre Bárbara e secretário da Paróquia Santo Inácio de Loyola, entre outras.

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