Lajeado traça perfil de população infectada por covid-19
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Coronavírus

Lajeado traça perfil de população infectada por covid-19

Maior incidência é nos bairros Moinhos, Alto do Parque e Centro. Quase dois terços dos casos são em menores de 49 anos

Lajeado traça perfil de população infectada por covid-19
Foto: Divulgação
Lajeado

A Vigilância Epidemiológica (VE), setor vinculado à Secretaria da Saúde de Lajeado, acompanha diariamente a evolução dos casos de coronavírus no município.

Uma análise do perfil do total de casos apontou que 72% tinham de 20 a 49 anos, população em que a doença normalmente se manifesta de forma mais moderada. Do total, 4,35% tinham de 0 a 19 anos, 14,38% tinham de 50 a 60 anos e 9,46% estavam na população acima de 60 anos.

Os bairros com maior número de casos registrados eram Centro, Moinhos, Florestal, Jardim do Cedro, São Cristóvão e Universitário. Já na avaliação por taxa de 1.000 habitantes, o estudo indica que a doença tem se espalhado de forma homogênea em toda a cidade, com picos nos bairros Moinhos, Alto do Parque e Centro. Em qualquer das análises, não havia diferença significativa em relação ao sexo (masculino e feminino) dos casos confirmados.

Juliana Demarchi, coordenadora da Vigilância Epidemiológica, ressalta que o agravamento da doença, a necessidade de internação hospitalar, a faixa etária e o histórico de comorbidades prévias são relacionados entre si. Do total de internações de casos confirmados para Covid-19 de Lajeado, 49% têm mais de 60 anos, e as doenças prévias mais presentes são as doenças cardiovasculares, diabetes, doenças pulmonares crônicas e obesidade. Dos pacientes com mais de 60 anos que positivaram para a doença, 25% necessitaram de internação. Já para as faixas etárias de 0 a 19, 20 a 49 e 50 a 60 anos, a taxa de internação está em 0,51%, 2,03% e 7,03%, respectivamente.

“Isso significa que, quanto maior a idade, maior o risco de internação. Por isso reforçamos sempre que a população com mais de 60 anos ou que tenha algum tipo de comorbidade deve ficar ainda mais atenta, cuidar da higienização, usar máscara e evitar aglomerações, inclusive as festas familiares com muitas pessoas. Um jovem pode se contaminar e passar bem pela doença, mas se ele levar o vírus para os pais ou avós, a situação fica mais grave, e é isso que estamos percebendo. O aumento de contaminações é de pacientes jovens, mas quem está sendo internado são pessoas com mais idade, que possivelmente estão sendo contaminadas por familiares mais jovens”, observa Juliana.

Dos 252 casos ativos contabilizados no dia 18, 80% são de pessoas com idade entre 20 e 49 anos, com maior incidência nos bairros Centro, Moinhos, Moinhos D`Água, Florestal e São Cristóvão. Juliana explica que o aumento dos casos ativos não está relacionado à retomada das aulas, nem aos setores de comércio, indústria e serviços, mas sim ao relaxamento das medidas de cuidado e ao aumento da circulação social das pessoas.

Além disso, outro fator que influencia no aumento é a ampliação da oferta de testes do tipo PCR, que estão disponíveis em maior quantidade na rede pública de saúde. Entretanto, a percepção das áreas de saúde é de que a circulação viral aumentou, tendo em vista o percentual de positividade dos testes realizados em novembro comparativamente aos meses anteriores.

“O vírus circula de forma muito rápida entre as pessoas. Desta forma, aglomerações sem os devidos cuidados possibilitam a propagação da doença e, por isso, precisamos seguir agindo com responsabilidade para minimizar as chances de contágio”, disse Juliana.

Por isso, o uso de máscaras, a lavagem frequente de mãos e estar em ambientes ventilados continuam sendo os cuidados mais eficazes para minimizar a circulação de vírus. Buscar atendimento médico de forma imediata ao sentir sintomas e o isolamento também são outras ações fundamentais para evitar a transmissão do vírus.

O QUE A COMUNIDADE DEVE FAZER:

– Usar máscara sempre que sair de casa.

– Lavar as mãos sempre com água e sabão ou passar álcool em gel.

– Limpar frequentemente as áreas de maior contato como maçanetas, celulares, teclados de computador, mesas, etc.

– Ao tossir e espirrar, prefira cobrir com o braço e não tirar a máscara.

– Evitar apertos de mãos e cumprimentos no rosto.

– Evitar tocar olhos, nariz e boca sem que as mãos estejam limpas.

– Manter os ambientes arejados. Janelas devem permanecer abertas mesmo que o ar-condicionado esteja ligado.

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