Economia gaúcha cresce e volta ao patamar de antes da pandemia

Cinco meses de alta

Economia gaúcha cresce e volta ao patamar de antes da pandemia

Prévia do PIB indica que setores produtivos retomam atividades. Alerta de novo aumento nas contaminações e chegada de mais um período de estiagem, porém, podem interferir na recuperação, alertam especialistas

Economia gaúcha cresce e volta ao patamar de antes da pandemia
Crédito: Filipe Faleiro/ Arquivo
Vale do Taquari
oktober-2024

Depois da queda nos dados da economia do RS em abril, as forças produtivas gaúchas dão sinais de superação da pior crise já enfrentada nas últimas décadas. Conforme informações do Banco Central, a partir do Índice de Atividade Econômica Regional (IBCR), considerado a prévia do PIB, a geração de riquezas em setembro avançou 1,06% na comparação com agosto.

Os dados mostram que a economia gaúcha passa por cinco meses de altas. A indústria teve o desempenho mais destacado para esses resultados. “Desde o início da pandemia, acreditávamos na força da indústria. Ainda com as paralisações, vimos que a demanda sobre a produção alimentícia se manteve”, analisa o presidente da Câmara da Indústria e Comércio do Vale do Taquari (CIC-VT), Ivandro Rosa.

Em termos gerais, a pontuação de 140,9 pontos significa que setembro conseguiu ter melhor resultado inclusive na relação com fevereiro, mês antes da pandemia atingir o RS. No específico, a produção industrial avançou 4,5%, percentual só visto no período pré-pandemia.

No varejo, também houve maior volume de vendas, afirma o Banco Central. O crescimento foi de 1,1%. Uma das atividades que mais sofreu com as restrições sanitárias de março, abril e maio, foi os serviços. Alguns setores amargaram quedas que superaram os 80%. Em setembro, o segmento contabiliza alta de 4%.
2ª onda e estiagem

Para os próximos meses, uma nova elevação dos contágios e a falta de chuva são ameaças à economia. No Vale do Taquari, a estiagem é vista como um risco em potencial para a indústria alimentícia. “Podemos ter indústrias ativas com baixo fornecimento de matéria-prima”, frisa o presidente da CIC.

Com relação a uma segunda onda de covid-19, Rosa também sinaliza como um alerta. Por outro lado, acredita que será diferente em termos de restrições com o que foi em março e abril. “Hoje há mais conhecimento. Sem dúvida pode trazer impactos, mas não com tanta força do que foi nos meses anteriores.”

Pelo país

  •  Com o crescimento de setembro, o índice atingiu 136,34 pontos, abaixo do patamar de fevereiro (139,80 pontos);
  • No acumulado dos nove primeiros meses, o índice de atividade econômica registra queda de 4,93%;
  • De setembro de 2019 até o mesmo mês deste ano, houve queda de 3,32%.

Perspectivas do PIB

  • Instituições financeiras projetam uma queda de 4,8% neste ano. Banco Central aponta retração maior, de 5%;
  • A partir dos dados de setembro, o governo federal manteve a expectativa de queda de 4,7%. O ministro da Economia, Paulo Guedes, acredita que a economia esteja retomando em “V”, com forte alta após queda.

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