O rumo de Lajeado a partir de janeiro foi o tema de ontem na reunião-almoço da Associação Comercial e Industrial (Acil). Os reeleitos com 71,6% dos votos, Marcelo Caumo e Gláucia Schumacher, palestraram para empresários, professores, representantes de instituições de classe e à imprensa.
Na abertura do evento, o presidente da associação, Cristian Bergesch, enalteceu o processo democrático e a escolha soberana das urnas. Para ele, os eleitos têm a responsabilidade e o compromisso de dar o melhor para o desenvolvimento econômico e social do município.
De acordo com Bergesch, a transparência das atividades públicas durante a pandemia fez a diferença e o resultado foi percebido nas urnas. O presidente da Acil também frisou a capacidade de diálogo dos gestores públicos e enumerou alguns assuntos prioritários para o empresariado de Lajeado.
Dentre os quais destacou a liberdade de escolha para funcionamento do comércio aos domingos; o combate ao comércio ilegal; melhorias na infraestrutura da cidade, parcerias para feiras e grandes eventos, entre outros assuntos.
Projeto de cidade
Como será Lajeado em 2040? Impossível responder, mas possível de planejar. Sobre essa tônica, o prefeito e a vice detalharam três movimentos locais com capacidade de interferir no futuro da cidade.
O Plano Diretor, o programa Pacto Pela Paz e o Pro_Move. Um tripé de medidas conjuntas entre poder público, sociedade civil organizada, instituições de ensino e setor privado que dão conta de segmentos distintos que estão entrelaçados sobre o espectro da infraestrutura, formação dos estudantes, segurança pública e oportunidades de negócios.
“Temos uma área urbana restrita. Então o caminho é incentivar pequenos negócios com alto valor agregado. Essa é a missão do Pro_Move. Para conseguir isso, temos no Pacto aulas de educação empreendedora a partir do 6º ano do Ensino Fundamental”, detalhou Marcelo Caumo.
A vice-prefeita complementou: “na escola, quantos aqui se lembram dos colegas mais inteligentes? Eles hoje venceram na vida? E aqueles que não davam nada e hoje se transformaram em grandes pessoas e venceram. Nem sempre ter as melhores notas garante sucesso. A inteligência emocional faz diferença. E isso implementamos com o Pacto pela Paz”, afirmou.
Alerta de contágios
No início da pandemia no RS, Lajeado chamou a atenção do país pelo alto índice de contaminações, relembrou o prefeito. Os surtos nos frigoríficos exigiram agilidade nas respostas. Por meio da união entre setor público, profissionais de saúde e do Hospital Bruno Born, o município se organizou. “Aprendemos muito. Era um momento de incerteza e mesmo assim, conseguimos garantir atendimento para todos.”
Frente à escalada no número de casos, Caumo afirma: “há um subida no número de contágios, mas não temos diagnósticos disso nas escolas, no comércio, nas indústrias e nos serviços. Caso a gente volte para a bandeira vermelha, não haverá impacto sobre essas atividades.”
Conforme o prefeito há um plano de contingenciamento pronto, em que é possível restringir algumas ações, sem interferir no trabalho e na renda. “O controle será específico. Sabemos que as pessoas estão cansadas. O curioso é que existe esse aumento, mas sem reflexo no atendimento hospitalar.”
Enchentes
A enchente de julho foi traumática. Os prejuízos econômicos foram sentidos em diversos segmentos da sociedade. Tanto para famílias, quanto para empresas. Ter mais previsibilidade é mais do que uma obrigação, é uma necessidade, afirmaram os gestores.
“Temos uma parceria com a central de monitoramento. Agora temos mais agilidade no recebimento das informações”, disse Caumo. Também reforçou que o governo tem um projeto para instalação de mais réguas para acompanhar o aumento no nível do Rio Taquari.