Após a eleição, o temor do disparo de casos de coronavírus

Saúde

Após a eleição, o temor do disparo de casos de coronavírus

Menor distanciamento social durante a campanha e aglomerações nas festas da vitória preocupam. Número de internações já vinha em alta, mesmo antes do pleito

Após a eleição, o temor do disparo de casos de coronavírus
Créditos: Divulgação
Vale do Taquari

A passagem do período de eleições traz um temor de que a situação da pandemia possa se agravar. Um maior contato entre as pessoas durante a campanha e aglomerações promovidas nas festas da vitória de candidatos são os principais fatores de preocupação.

Na avaliação de especialistas, a tendência é que, nos próximos dias, ocorra um aumento no número de casos da covid-19. Este aumento pode ter impacto sobre a rede hospitalar dentro de duas semanas.

O temor de um crescimento nos contágios é agravado por um aumento nas internações que já era verificado nas últimas semanas.

Temor de bandeira vermelha

Coordenador adjunto da 16ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS), Ederson da Rocha afirma que o acompanhamento das medidas preventivas cabe aos municípios e não à CRS, mas avalia que “caso tenha ocorrido abusos ou infringência às regras, o resultado aparecerá no aumento de casos nos próximos dias”.

Para Rocha, independente do impacto das eleições, o atual crescimento de casos e internações traz preocupação ao Vale.

“Já se observa alguma alteração nos últimos dias, com aumento significativo de novos casos e internações. Nesse ritmo, há risco de uma segunda onda e aumento das restrições, com bandeira vermelha”, diz.

“Já vinha um aumento de casos”

Médico infectologista do Hospital Bruno Born e professor da Univates, Guilherme de Campos destaca que geralmente se registra um aumento de casos e internações após períodos de maior circulação, como eventos e feriados.

“É difícil dizer o quanto é em relação à eleição, porque já vinha um aumento de casos. Mas existe um receio de que, principalmente as festas, possam gerar um número maior de contágios”, avalia.

Campos afirma que é difícil projetar o impacto desse período na estrutura hospitalar, pois há outros fatores que interferem, como a idade das pessoas contaminadas e se pertencem ou não a a grupo de risco.

Outro aspecto citado é que muitas das aglomerações promovidas em função das eleições foram em espaços abertos, o que reduz risco de contágios. “Algum caso vai vir, mas ainda não temos como dizer se será algo de grande escala que vá impactar nos hospitais”, diz.

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