Escolas projetam reajuste das mensalidades abaixo do IGP-M

Educação

Escolas projetam reajuste das mensalidades abaixo do IGP-M

Colégios e sindicato da rede descartam aumento nos patamares do principal indicador para definir o custo para ano letivo de 2021. Percentuais serão conhecidos entre fim de novembro e início de dezembro

Escolas projetam reajuste das mensalidades abaixo do IGP-M
Após suspensão das aulas presenciais em março, instituições da rede privada concederam descontos nas mensalidades. Em alguns casos, chegou a 35% (Foto: Arquivo A Hora)
Vale do Taquari

O principal indicador usado para reajuste das mensalidades escolares, o Índice Geral de Preço-Mercado (IGP-M), acumula alta de 20% nos últimos 12 meses. O reajuste para o próximo ano letivo costuma ocorrer entre novembro e dezembro. Com esse aumento significativo, colégios particulares estudam a melhor maneira de apresentar os preços para 2021 sem fazer com que haja uma debandada de alunos.

“Estamos fazendo o orçamento para o próximo ano. Ainda não pensamos em percentuais, mas acompanhar esse índice parece algo inviável”, antecipa o diretor do Colégio Evangélico Alberto Torres (Ceat), Rodrigo Ulrich.

A pandemia provocou a suspensão das aulas presenciais. Sem essas atividades, muitas instituições privadas revisaram gastos e deram descontos nas mensalidades. Na região, houve casos de redução perto dos 35%.

Esse foi o caso do Ceat. “Dividimos por nível. Para alunos do Fundamental e Médio foi (20%). Enquanto para a Educação Infantil, chegou a 35%.” Mesmo com o retorno das aulas presenciais, a direção manteve as mensalidades nos preços dos meses de abril, maio e junho, quando houve o avanço de contaminações no Vale.

Conforme o Sindicato do Ensino Privado do RS (Sinepe), os últimos dois meses do ano são dedicados para a definição orçamentária das instituições. A entidade costuma fazer uma pesquisa sobre os reajustes. Por enquanto, essa consulta ainda não foi aberta.

Pela lei, o reajuste das mensalidades é feito a partir da planilha de custos. Hoje, o imposto sobre as escolas e universidades privadas é de 3,6%. Caso o texto base da reforma tributária do governo federal, que unifica PIS e Cofins, seja aprovado, a alíquota às instituições de ensino sobe para 12%.

Entenda

  •  O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) é o indicador usado para calcular o reajuste das mensalidades. Em 12 meses, o acumulado foi de 20%, conforme cálculo da Fundação Getúlio Vargas (FGV);
  • Pela lei, o reajuste é feito a partir de planilha de custos, onde se aplica o indicador medido pela FGV;
    • As instituições de ensino trabalham no orçamento para 2021 e ainda não definiram um percentual de reajuste das mensalidades;
  • Há um entendimento de que não será usado o IGP-M total, dos 20%. Mas também deve ser algo acima da inflação oficial, que está em 3,5%;

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