Três projetos que guiarão o desenvolvimento municipal no futuro devem ser encaminhados para a câmara de vereadores em dezembro. Expectativa do governo municipal é que o Plano Diretor, Plano de Saneamento Básico e Plano de Mobilidade Urbana sejam aprovados ainda em 2020.
A revisão desses planos faz parte de um trabalho que iniciou em 2019, quando o governo realizou 15 audiências públicas para tratar sobre as demandas das comunidades arroio-meenses. Atualmente, as versões preliminares dos planos podem ser acessadas no site da prefeitura e receberem sugestões da população.
Para a engenheira Nívia Fuchs, o fato das pessoas terem participado da construção dos planejamentos facilita a sua aprovação no Legislativo. “Todos foram convidados a participar da elaboração dos planos. Quando uma comunidade se vê nesse trabalho, é mais fácil dele dar certo”, percebe.
Plano Diretor
Há poucas mudanças no plano se comparado com a proposta já existente, afirma Nívia. Conforme ela, foi constatado crescimento maior de algumas zonas municipais, o que motivou mudança no mapa territorial.
“Detalhamos alguns aspectos do uso da ocupação de solos que não estavam claros e houve algumas mudanças na possibilidade de construções”, pontua a engenharia. Um dos artigos do Plano Diretor proíbe a instalação de loteamentos em áreas inundáveis inferiores a 29 metros.
Mobilidade urbana
O plano foca em vias alternativas para evitar o fluxo de veículos na ERS-130. Conforme Nívia, a rodovia estadual se tornou um dos gargalos do trânsito arroio-meense, por isso a necessidade de encontrar interligações entre bairros sem a necessidade de acessá-la.
A mobilidade urbana também atenta ao transporte alternativo com a bicicleta. Pesquisa feita pelo governo aponta que 82% dos ciclistas classificam como insuficiente o número de ciclofaixas e ciclovias na cidade. De acordo com o plano, está previsto o traçado de rotas específicas para o uso da bicicleta e instalação de sinalização voltada aos pedestres e ciclistas.
Quanto ao transporte público coletivo, pesquisa do governo apontou que 46% não utilizam ônibus e 78% dos entrevistados consideram o sistema inadequado. O plano sugere o planejamento e implantação do transporte público municipal e a mudança de local da rodoviária para um ponto mais próximo da saída da cidade.
Saneamento básico
O plano elaborado pelo governo prevê a adoção de fossas com filtros e limpeza individualizados. Conforme Nívia, esse sistema é mais barato que a instalação de uma estação de tratamento coletiva e tende a gerar um tratamento eficiente num custo suportável pela comunidade.
Sobre os resíduos sólidos, o plano projeta o avanço da coleta seletiva. Prevê ainda a difusão da educação ambiental em projetos realizados com a comunidade.