Parceria garante consultas a mulheres de áreas vulneráveis

Câncer de mama

Parceria garante consultas a mulheres de áreas vulneráveis

Moradoras dos bairros Conservas e Santo Antônio consultaram com médicos no Centro de Oncologia do HBB, numa iniciativa da Liga Feminina de Combate ao Câncer, com apoio do Lions Clube Centro

Parceria garante consultas a mulheres de áreas vulneráveis
Mulheres consultaram com médicos oncologistas do HBB durante o mutirão de diagnósticos na semana passada (Foto: Mateus Souza)
Lajeado
oktober-2024

Em torno de 25 mulheres, moradoras de dois bairros de Lajeado, foram contempladas com a realização de consultas gratuitas no Centro de Oncologia do Hospital Bruno Born (HBB). O mutirão de diagnósticos ocorreu na quinta-feira, 29, e foi fruto de parceria da casa de saúde com a Liga Feminina de Combate ao Câncer.

As consultas, realizadas durante a tarde, foram viabilizadas graças a uma ação social. Foi feita uma doação, por parte do Lions Clube Centro, no valor de R$ 5 mil. O dinheiro foi arrecadado em um galeto solidário. Em contrapartida, o hospital disponibilizou as consultas e os exames com valores diferenciados.

As mulheres foram consultadas com os médicos oncologistas Rafael Seewald e Lívia Gravina. Caso fosse necessário, elas seriam encaminhadas para mamografia ou outros exames pré-câncer, recebendo o encaminhamento adequado.

“Foi uma ideia da Liga, com apoio do Lions. Eles arrecadaram o valor e nós disponibilizamos estes exames preventivos. Pegamos dois grupos que nós tínhamos conhecimento, que são de bairros mais carentes. E são pessoas que estão na faixa de idade da realização de exames preventivos”, explica a presidente da entidade, Íris Scherer.

Chance de cura

Para Rafael Seewald, a ação reforça a necessidade das mulheres manterem seus exames preventivos em dia para detecção do câncer. “Quando a detecção é feita nos estágios iniciais, a chance de cura é muito maior. Esse, portanto, é o resultado principal da nossa ação em conjunto com a Liga”, afirma.

Seewald lembra que as pacientes que consultaram ontem realizaram a primeira consulta para indicar a realização, ou não, de um exame de rastreamento e que, por estarem numa situação de vulnerabilidade, demorariam a ter acesso a estas consultas.

“Se tiver indicação de fazer o exame, encaminhamos isso através do hospital e depois elas voltam para avaliar os resultados. Se tiver alguma alteração, damos andamento na investigação”, salienta o médico.

Desafio

Conforme dados da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica, pelo menos 60 mil casos de câncer não foram diagnosticados durante a pandemia, pois os exames foram postergados. Seewald alerta para este número e sobre a importância das pessoas procurarem seus médicos. “É um assunto muito discutido e, sempre que temos a possibilidade, relembramos a homens e mulheres para que voltem a realizar seus exames”, salienta.

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