Diagnóstico da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) aponta que o varejo gaúcho irá contratar pelo menos seis mil trabalhadores temporários para atender o aumento da demanda no Natal. Com relação às perspectivas de vendas, a CNC acredita que a data movimente R$ 37,5 bilhões no país.
Análise da confederação considera dados sazonais das contratações ao longo dos últimos anos e o número de demissões no comércio, com base no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
Na região, estimativa é que contratações sejam intensificadas entre o fim de novembro e início de dezembro. Com isso, os temporários ficam ainda em janeiro e fevereiro para que as empresas concedam férias aos efetivos.
O presidente do Sindilojas do Vale do Taquari, Francisco Weimer, realça: “esse é um momento importante. O temporário que se destacar tem muita chance de ser efetivado. A empresa não irá se desfazer de um talento.”
Dados do Caged mostram que após cinco meses de fechamento de pontos de trabalho, a empregabilidade no Vale começa a reagir. Em agosto, o saldo foi positivo, após cinco meses de fechamento dos postos de trabalho. Pelo indicador, foram criadas 380 vagas de emprego.
No acumulado do ano, o saldo ainda é negativo. Nos 38 municípios, foram extintos 2.757 postos de trabalho com carteira assinada. Pela análise da Câmara da Indústria e Comércio (CIC-VT), o movimento de ascensão visto em agosto tende a se manter para os próximos meses, em especial pelas ofertas de trabalho do fim do ano.
Pelo país
A CNC estima a contratação de 70,7 mil funcionários para o Natal no país – o que seria a menor quantidade desde 2015, quando foram abertos 67,4 mil postos.
São Paulo, com perspectiva de abrir 17,9 mil vagas, MG (8,3 mil), RJ (6,92 mil) e RS (6 mil) representam 55% do total de postos temporários projetados.
Em relação a 2019, há uma retração no total de postos no RS. No ano passado, foram mais de 7,3 mil postos abertos para reforço das equipes, 1,3 mil a mais que em 2020.
O salário médio de admissão deverá alcançar R$ 1.319, avançando, portanto, 4,6% em termos nominais, na comparação com o mesmo período do ano passado. O maior salário de admissão deverá ser pago pelas lojas especializadas na venda de produtos de informática e comunicação (R$ 1.618), seguidas pelo ramo de artigos farmacêuticos, perfumarias e cosméticos (R$ 1.602). Contudo, esses segmentos deverão responder por apenas 7% das vagas totais a serem criadas.
Nove em cada dez vagas deverão ser preenchidas pelas cinco ocupações mais demandadas nesta época do ano.