Economia gaúcha cresce mais que a média nacional

Indicativo de reação

Economia gaúcha cresce mais que a média nacional

Na prévia do PIB, serviços, indústria e comércio têm alta pelo quarto mês consecutivo. Dados do Banco Central indicam recuperação após queda histórica em abril. Ainda assim, na comparação com o mesmo período do ano passado, queda supera os 3%

Economia gaúcha cresce mais que a média nacional
(Foto: Divulgação)
Estado

O pior da pandemia às atividades econômicas parece ter ficado para trás. Pelo menos é o que aponta o Índice de Atividade Econômica (IBC), do Banco Central. O cálculo é considerado a prévia do PIB e compara os resultados nos setores dos serviços, da indústria e do comércio.

Depois de a pandemia trazer muitas incertezas, com quedas históricas em março e em abril, os dados mostram que a economia gaúcha vive um período de retomada. São quatro meses de altas consecutivas. De julho para agosto, o avanço nos resultados dos três segmentos foi de 1,3%. O percentual do RS é maior do que a média nacional, que ficou em 1,06%.

O setor industrial é o maior responsável por esse indicativo. A manufatura gaúcha subiu mais de 5% no último mês. “Desde o início da pandemia, acreditávamos na força da indústria. Ainda que alguns setores tiveram paralisações, vimos que a demanda sobre a produção alimentícia se manteria”, analisa o presidente da Câmara da Indústria e Comércio do Vale do Taquari (CIC-VT), Ivandro Rosa.

O economista e professor da Univates, Eloni José Salvi, avalia que com as flexibilizações tanto para atividades produtivas quanto para a população encorajam as pessoas, o que provoca efeito na economia. “As pessoas se retraíram em respeito ao isolamento. Em casa, gastaram menos. Agora há uma volta do otimismo, o que trouxe aumento no consumo.”

Esse movimento verificado pelo professor traz uma tendência para um crescimento em “V” (após uma queda drástica, uma retomada ágil) para alguns segmentos. Essa análise se verifica, por exemplo, no resultado do comércio amplo, em que estão o varejo, as vendas nos mercados, materiais de construção e veículos.

Conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Neste conjunto, o avanço nos negócios foi de 3,3%. Já nos serviços, o crescimento foi o mais tímido. Apenas 0,1% de avanço de julho a agosto.

Mesmo com as melhoras, a economia gaúcha ainda trabalha no negativo. O indicador medido pelo Banco Central até agosto de 2020 é 3,09% menor do que o mesmo período do ano passado.

Pelo país

A economia nacional também teve a quarta alta seguida do IBC. No entanto, o resultado de agosto ficou abaixo da estimativa. A perspectiva apontava para um avanço de 1,7%, mas ficou pouco acima de 1 ponto percentual.
Nos últimos doze meses, o índice registra queda de 3,09%. No acumulado do ano entre janeiro e agosto, por sua vez, o recuo foi de 5,44%.

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