A maior parte das cidades gaúchos não deve retomar as atividades presenciais da educação infantil das redes municipais em 2020. O dado é de um levantamento realizado pela União dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime). Dos 497 municípios gaúchos, 386 responderam ao questionário até o momento. Em 279 ou 72,3 %, a decisão é de voltar apenas em 2021
Após consultar os gestores, a entidade definiu posição contrária à volta das creches neste ano. De acordo com o dirigente da entidade e secretário de Educação de Estrela, Marcelo Mallmann, há uma preocupação com a segurança e saúde dos estudantes e profissionais que atuam na escola. Além disso, os critérios do distanciamento controlado exigem um conjunto de ações que implicariam em aumento das despesas, o que pode causar problemas em função da legislação eleitoral.
“Por exemplo, o transporte escolar pode transportar só 50% dos estudantes, o que demanda contratação de mais veículos; os profissionais do grupo de risco que se afastariam do trabalho, que gira em torno de 30%, também não podem ser substituídos em função da lei eleitoral”
A entidade é contrária ao retorno começando pela educação infantil e defende um retorno gradual pelos alunos com maior autonomia.
Mallmann destaca o esforço das redes municipais de ensino para reduzir o prejuízo da paralisação na formação dos estudantes, com atividades virtuais e impressas e uso de plataformas para facilitar a comunicação.
“Temos a certeza que em 2021 haverá um foco no desenvolvimento das competências não construídas em 2020 ou aquelas que necessitam uma retomada. As redes estão desenvolvendo um trabalho muito sério, buscando atingir todos os alunos, conclui.”
