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Pesquisa Methodus revela disputa acirrada em Teutônia Eleitores de Teutônia querem saúde como prioridade Jô lidera cenário espontâneo, Forneck tem menor rejeição
Os três candidatos a prefeito de Teutônia foram entrevistados na Rádio A Hora 102.9 na tarde de quinta-feira, 15. Eles analisaram os resultados da pesquisa eleitoral realizada pelo Instituto Methodus e avaliaram de que forma os números podem interferir e influenciar nas próximas ações e estratégias de campanha.
Nos dois cenários, há um empate técnico. Na pesquisa estimulada, Celso Forneck (PDT) tem uma pequena diferença de vantagem sobre o atual prefeito Jonatan Brönstrup (PSDB): 31,5% a 31,2%, enquanto Ariberto Magedanz (PP) soma 14,5%. Já na espontânea, há uma inversão na primeira colocação, com o tucano somando 27,8%, contra 23,8% do pedetista e 14,8% do progressista.
José Sauer – Diretor do Instituto Methodus
Assim como nas pesquisas realizadas em municípios anteriores, a saúde foi a demanda mais citada pelos eleitores de Teutônia, quando questionados sobre qual deve ser a principal prioridade do próximo prefeito.
O levantamento foi realizado pelo Instituto Methodus com exclusividade para o Grupo A Hora. Ao todo, 300 pessoas foram ouvidas entre os dias 12 e 13 de outubro. A margem de erro dos resultados é de 5,7 pontos percentuais para mais ou para menos.
Os três candidatos evitaram análises aprofundadas sobre seus desempenhos nos dois cenários, mas comentaram sobre os números em determinados bairros. Teutônia terá pelo menos mais uma pesquisa eleitoral, nas semanas que antecedem a eleição de 15 de novembro.
“Será uma disputa voto a voto”
Para o diretor do Instituto Methodus, José Sauer, há um processo avançado no município de decisão do voto por parte do eleitor, o que explica os baixos índices de indecisos. “Neste sentido, diria que os candidatos devem ter atenção a isto. Quando são dois candidatos tecnicamente empatados, a rejeição pode ser determinante. Será uma disputa voto a voto”, comenta.
Sauer atenta para o alto índice de eleitores com mais de 45 anos em Teutônia, diferente dos outros municípios pesquisados e que conseguir mudar a opinião deles é mais difícil. “É um eleitor maduro, que já passou por diversos processos eleitorais e que está mais atento às demandas da cidade”, salienta.
O que diz cada um dos candidatos
Professor Celso Forneck (PDT) – “Estamos sentindo que a população quer mudanças”
Professor Celso Forneck acredita que os resultados da pesquisa refletem o que eles enxergam nas ruas durante as visitas aos eleitores. “Estamos sentindo que a população quer mudanças, querem demandas que nós já defendíamos. Temos muito a acrescentar e crescer, por isso encaramos a pesquisa com muita tranquilidade”, afirma.
Questionado sobre o seu baixo desempenho no interior, onde foi muito bem em 2016, Forneck atribui ao fato de um dos adversários ser bastante ligado ao meio rural. “Muitos migraram à candidatura dele num primeiro momento, mas estamos mostrando nossa plataforma de trabalho. Precisamos, com certeza, ter um olhar especial voltado a nossa agricultura”, reforça.
Jonatan Brönstrup (PSDB) – “Nos motiva a continuar perseguindo a vitória”
O atual prefeito Jonatan Brönstrup avalia que o resultado serve como motivação para sua campanha. “Nós recebemos esse resultado, em primeiro lugar, com muita tranquilidade. Esse número só nos motiva a continuar trabalhando, perseguindo o grande objetivo que é a vitória”, afirma.
Brönstrup mostrou-se surpreso com o bom desempenho no bairro Languiru, onde sua família não costuma fazer boas votações. Ele acredita que pode melhorar no Alesgut, onde soma 13,6%.
Encara como natural a saúde ser apontada como a demanda prioritária da população, principalmente por conta da pandemia. “A população entende que esta deve ser uma prioridade, mas não significa que a saúde esteja mal avaliada. Pode ser preocupação para que não se tenha mudanças, fazendo as melhorias necessárias”, avalia.
Ariberto Magedanz (PP) – “Nossos adversários se apresentam há cinco anos como candidatos”
Ariberto Magedanz diz ter recebido os resultados da pesquisa com naturalidade. Apesar de ter uma experiência política em Teutônia, estava afastado do cenário eleitoral nos últimos anos. “Estamos na caminhada há 90 dias, enquanto nossos adversários se apresentam há cinco anos como candidatos a prefeito”, pontua.
Com segunda maior rejeição, Magedanz atribui o percentual de 25% ao fato de já ter sido vereador por quatro mandatos e também vice-prefeito e que seu nome ainda é ligado a ex-gestores. “Aos poucos, as pessoas estão me desvinculando a eles, conscientes de que podemos fazer melhor. A aceitabilidade do nosso projeto está muito boa”, afirma.