Depois de percorrerem mais de dez mil quilômetros da região Sul até o Nordeste, irmãos Diego e Rodrigo Tomasi, diretores da Tomasi Logística, compartilharam a experiência com os ouvintes no programa Frente e Verso desta quinta-feira, 15.
(Foto: Ana Carolina Becker)
Em 15 dias de viagem que teve saída de Lajeado, os empresários tiveram a oportunidade de vivenciar a rotina diária dos caminhoneiros da transportadora. “O que nos levou a fazer essa viagem, com esse cenário de pandemia, é o fato de que estávamos muito longe de todos, tanto das unidades quanto de clientes”, observam.
Mesmo sabendo que havia a possibilidade dessa conexão digital, os empresários acreditaram que a vivência e a prática eram e seguem sendo fundamentais para o crescimento da empresa. “Tivemos a oportunidade de ver as condições das rodovias pelas quais os nossos caminhoneiros passam. Além das condições de cada uma, os pontos de parada, os postos e a diferença entre as estradas concedidas, com pedágios e as públicas”, ressaltam.
“Nas diferentes culturas conseguimos fazer com que nossa empresa tenha o mesmo objetivo, alinhamento.”
Diferença das regiões brasileiras
A diversidade cultural entre a região Sul até o Nordeste foi um dos principais fatores observados pelos empresários lajeadenses. “O Brasil é um país continental, nós temos culturas diversas daqui até lá. Cada estado tem sua peculiaridade.”
De acordo com eles, é possível repartir o Brasil em dois. “É possível dividir o Brasil de Belo Horizonte para cima e para baixo”, enfatizam. Na região Sul, por exemplo, é visível o desenvolvimento, onde os problemas já estão em nível diferente dos encontrados na região nordestina. “Essa região do Nordeste tem problema de falta de chuva. Tem vezes que o problema do local não são as pessoas, mas as condições climáticas que não permitem o desenvolvimento. Para eles o problema ainda é ter o que comer.”
(Foto: Arquivo Pessoal)
O roteiro de dez mil quilômetros
Os irmãos saíram de Lajeado e seguiram viagem até Itajaí, em Santa Catarina, onde está localizada uma das unidades da empresa. Conhecida por ser uma cidade de polo logístico, é também um local com porto hidroviário. “Lá o porto trouxe um desenvolvimento, hoje concentram diversos pontos logísticos e indústrias, exemplo de modelo que deu certo. Talvez isso sirva de inspiração para nós aqui com o Porto de Estrela”, destacam.
Além disso, passaram pela unidade localizada em Itapecerica da Serra, em São Paulo. O trajeto também passou por Betim, região metropolitana de Belo Horizonte. Logo em seguida, foram até o interior de Montes Claros, passando pelo interior de Minas Gerais até chegar no Sul da Bahia.
Segundo os irmãos Tomasi, até a cidade de Curvelo, em Minas Gerais, todas as rodovias são duplicadas e concedidas à iniciativa privada. “A partir dessa cidade até Feira de Santana, na Bahia, são quase 1,5 mil quilômetros de rodovias não concedidas, pistas simples em boas condições, mas com um tráfego intenso”, explicam.
Em Feira de Santana, os empresários tiveram a oportunidade de desenvolver negócios. “A Tomasi está crescendo bastante na região nordeste. Estamos estruturando, contratando mais funcionários, desenvolvendo novas relações com clientes e fechando negócios”, comemoram.
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Pontos turísticos famosos
Durante a viagem, eles passaram por pontos turísticos conhecidos. Dentre eles, a Chapada da Diamantina, no sul da Bahia. “Viver essa vida de estradeiro foi muito interessante porque conseguimos entender porque os nossos colaboradores são tão apaixonados pela profissão.”
Praias e demais pontos turísticos também foram visitados durante a viagem (Foto: Arquivo Pessoal)
Depois dos quilômetros rodados, a aprendizagem
Com o roteiro, os empresários da Tomasi Logística tiveram a oportunidade de ver de perto a infraestrutura oferecida pelos postos de combustíveis e demais locais que passam seus colaboradores. “Percebemos que estávamos no caminho certo, mas tivemos que fazer algumas mudanças. Alguns postos a gente trocou para que os motoristas tivessem maior conforto”, observam. Entre uma parada e outra, os empresários também compartilharam as experiências da café da manhã e almoço com os motoristas que estavam em viagem.
Ouça a entrevista do Frente e Verso na íntegra:
