“Dá para ser feliz  durante o tratamento”

OUTUBRO ROSA

“Dá para ser feliz durante o tratamento”

Após descobrir um câncer em dezembro, a jornalista Nicole Sberse Morás encara a doença com positividade. Hoje, o caso já está em fase de remissão

“Dá para ser feliz  durante o tratamento”
Vale do Taquari

Resilência é a melhor palavra para descrever a jornalista Nicole Sberse Morás, 32 anos. Em dezembro do ano passado, descobriu um câncer de mama, dois meses após perder a mãe pela mesma doença. Para ela, o diagnóstico foi um impulso para encarar a vida de forma ainda mais positiva.

Na manhã de sexta-feira, 9, ela esteve juntamente com o médico oncologista Renato Cramer no programa Frente e Verso, da Rádio A Hora 102.9. Na oportunidade, além de enfatizar a importância do diagnóstico precoce do câncer de mama, salientou sobre a descoberta do propósito de levar a informação para inspirar aqueles que lutam contra a doença.

Hoje, dez meses após constatar a patologia, Nicole é considerada em fase de remissão da doença, ou seja, quando ela ainda está sendo eliminada. “Posso dizer que estou livre do câncer hoje”, complementa. Segundo Cramer, que atua junto ao Centro Regional de Oncologia (Cron), todos os tipos de cânceres requerem um acompanhamento de cerca de cinco anos, após a conclusão de quimioterapia.

A descoberta da doença

O câncer foi descoberto a partir de um exame de rastreamento genético. “O diagnóstico aconteceu bem quando ainda estava descobrindo quem eu era sem a minha mãe”, relembra.

O nódulo da jornalista já tinha 1,3 centímetros. “Ainda era estágio inicial e só conseguimos perceber isso devido ao diagnóstico precoce”, salienta Nicole. Mas, é inevitável não perceber, através do sorriso da moradora de Lajeado, que a doença trouxe ainda mais sabedoria. “O diagnóstico inicial foi fundamental para eu encarar o câncer de forma positiva”, diz.

Um dos momentos mais difíceis, de acordo com ela, foi a espera do resultado da biópsia. “Eu sabia o que estava acontecendo comigo. Com o resultado, o difícil também foi dar a notícia às pessoas próximas”, comenta. Na época, resolveu gravar um vídeo e enviar aos familiares e amigos. “Não queria que elas sentissem pena de mim”, lembra. E funcionou. Ela observa que quando os conhecidos absorveram a informação, conseguiram lidar de forma mais positiva com a notícia.

Para Cramer, encarar a doença com a positividade que Nicole encarou é fundamental. “Aquele paciente que sai do consultório para fazer a quimioterapia com pensamento positivo passa melhor pelo tratamento”, pontua. Há muitos pacientes que encaram o tratamento com negatividade, no entanto, isso não deve acontecer “porque ele não é um tratamento, é uma dose de cura”, complementa Nicole.

70 mil novos casos

A estimativa do Instituto Nacional de Câncer (INCA) é de que no próximo triênio, até 2022, sejam descobertos 70 mil novos casos de câncer por ano. “Parece ser pouca coisa, mas precisamos acrescentar todos os casos já existentes”, reforça o médico oncologista Renato Cramer.

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