Celebração aproxima comunidade senegalesa em Lajeado

TRADIÇÃO

Celebração aproxima comunidade senegalesa em Lajeado

Com fé, música e comida típica, Grande Magal de Touba reuniu mais de 100 imigrantes do Vale

Celebração aproxima comunidade senegalesa em Lajeado
Com cerca de 12 horas de duração, evento ocorreu na quarta-feira, 12, na Adefil para celebrar a tradição muçulmana (Foto: Fábio Kuhn)
Lajeado

Distante mais de seis mil quilômetros da terra natal, os imigrantes encontram no Grande Magal de Touba a possibilidade de preservar as origens trazidas do Senegal. A edição 2020 ocorreu na terça-feira, 6, com a presença de mais de 100 pessoas na sede da Adefil, em Lajeado.

A programação iniciou às 7h30min e se estendeu até depois das 18h. Nas quase 12 horas de evento, os participantes leram o alcorão, oraram em agradecimento e cantaram músicas do país africano.

O evento contou ainda com três refeições, entre elas o almoço com o churrasco gaúcho e batata frita. Outros pratos típicos de Senegal também foram servidos como o arroz com carne e molho de cebola.

Além de senegaleses, a atividade também reuniu paquistaneses e adeptos do Islã. Os participantes vieram de vários municípios do Vale do Taquari e até de Santa Cruz do Sul. “No Senegal, todos param para celebrar a data e aqui mantivemos a tradição”, comenta um dos organizadores, Serigne Io. O evento é realizado há, pelo menos, há oito anos na região.

Saiba mais sobre o Magal de Touba

O Magal de Touba é uma grande peregrinação anual para a cidade de Touba, no Senegal. Este festival religioso se tornou um dos principais do país, reunindo milhares de pessoas para celebrar o exílio de Cheikh Ahmadou Bamba.

Nascido em 1852, Bamba se tornou autoridade política e espiritual ao ser uma das lideranças da oposição ao regime colonial francês. Ele iniciou a irmandade Mouride e ficou conhecido como um mensageiro de Deus.

Temendo uma revolução, o governo francês condenou Bamba ao exílio em Gabão e Mauritânia (1895 a 1907). Entretanto essa ação acabou dando ainda mais fama a Bamba. Ao retornar do exílio, o número de seguidores cresceu e o governo francês passou a adotá-lo como uma influência para aplicação de políticas.

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