Estado descarta retorno das aulas antes do dia 20 de outubro

PRESENCIAIS

Estado descarta retorno das aulas antes do dia 20 de outubro

Previsão inicial de aulas presenciais do Ensino Médio estava marcada à próxima terça, dia 13. Sem equipamentos de proteção e dificuldade para contratar professores substitutos, data foi prorrogada e 42 escolas da região aguardam definição para receber os estudantes

Estado descarta retorno das aulas antes do dia 20 de outubro
Além da prorrogação para o dia 20 de outubro, retorno também está condicionada ao grau de risco de contágio. Caso a região fique em bandeira vermelha, as escolas devem suspender as aulas
Vale do Taquari

A compra centralizada dos equipamentos de prote­ção individual (EPIs) para professores e funcionários de escola, bem como as contratações emergenciais e terceirizações para serviços de higiene e alimen­tação, são os motivos alegados pela Secretaria Estadual de Educação (Seduc) para a revisão no prazo de volta às aulas.

Os alunos do Ensino Médio da rede pública retornariam na próxi­ma terça-feira, dia 13. No entanto, sem conseguir atender os protoco­los de segurança, o Estado determi­nou a prorrogação dessa data. Ago­ra a previsão é de volta a partir do dia 20 de outubro.

No Vale do Taquari, esse estágio de ensino abrange 42 instituições de en­sino. “Recebemos a informação não será possível distribuir os EPIs para todas as escolas. Além disso, ainda temos que acompanhar as bandei­ras. Se a região ficar na vermelha, há risco desse prazo ser suspenso de novo”, informa a respon­sável pela 3ª Coordenado­ria Regional de Educação (CRE), Cássia Benini.

De acordo com ela, a maioria dos colégios está com os planos de contingên­cia finalizados. Antes da volta às aulas, esses documentos serão repassados para análise da Se­duc e da Secretaria Estadual de Saú­de, para serem homologados, diz.

Nesta terça-feira, os diretores das escolas de Ensino Médio e a equipe da CRE participam de uma conferência para elaborar o modelo de retomada das atividades presenciais.

Máximo de 50% da capacidade

Pelos protocolos de segurança, as escolas da rede pública só pode­rão atender metade dos alunos do Ensino Médio quando houver a autorização de retorno. Com isso, afirma Cássia Benini, a prioridade neste primeiro momento será atender alunos com mais dificuldade de assimilação dos conteúdos e também que não tem acesso a internet.

“Cada escola terá um modelo. Não será engessado. Podemos ter em algumas aulas todos os dias. Outras terão duas turmas, com ati­vidades intercaladas. Uma semana presencial, e outra remota”, explica.

A carga horária em sala de aula também será menor, com três horas presenciais por dia. Segundo a coor­denadora da 3ª CRE, a previsão é que o ano letivo seja encerrado até a metade de janeiro. Com isso, alunos do último ano do Ensino Médio não teriam prejuízos em termos de in­gresso em cursos Superiores ou téc­nicos no primeiro semestre de 2021.

Quanto ao número de alunos pre­vistos para a retomada, as autoriza­ções estão sendo preenchidas pelos pais e a coordenadoria de Educa­ção ainda não tem dados con­cretos sobre isso.

“Voltar agora não garante o ano letivo”

O modelo de retomada das aulas é alvo de críticas do Cpers. O coordenador do sindicato no Vale do Taquari, Gerson Johann, teme que as ati­vidades presenciais resultem em aumento no número de contágios. “Entendemos que o gover­no irá expor alunos, educadores e a sociedade a contaminação da covid-19”, frisa.

Na avaliação dele, uma retoma­da deveria ocorrer com níveis segu­ros em termos de presença do vírus e com a testagem permanente nas equipes das escolas. “O governo precisa fornecer condições para que todas as escolas possam seguir os protocolos de se­gurança. Estamos faz sete meses afastados das salas e o Estado não entregou os EPIs e nem contratou os substitutos ainda. Voltar agora não garante o ano letivo”, resume.

 

Acompanhe
nossas
redes sociais