“Muitas empresas já deram férias e agora não têm matéria-prima para operar”, lamentou o consultor de vendas Fernando Röhsig em entrevista ao Frente e Verso na manhã de hoje. Ele aproveitou o espaço semanal para tratar sobre pesquisa da Federação das Industrias do Estado de São Paulo (Fiesp) apontando que 47% das empresas têm dificuldade para acessar insumos, matéria-prima e mercadorias.
Röhsig destaca que essa dificuldade ocorre em função da parada na produção dos insumos em meio à pandemia. Agora, com o mercado retomando as atividades, não há produto em quantidade suficiente para atender todas as empresas.
Conforme o consultor, o fato da China ter reiniciado as atividades industriais antes também prejudicou o Brasil. Isso em função do país asiático já ter retido parte das matérias-primas produzidas no mundo.
Além de quase metade das indústrias terem dificuldade na compra de insumos, a pesquisa aponta que 63% estão com o estoque baixo. Isso faz com que o preço da matéria-prima aumente consideravelmente.
Röhsig citou alguns números como o crescimento de 20% no aço plano, 95% no alumínio, 25% na celulose e 76% no minério de ferro. Na avaliação do consultor, a escassez de insumos deverá ser registrada em 2020, entretanto expectativa que as linhas de produção sejam retomadas de forma plena em 2021.
Durante a entrevista, também foi abordada os avanços com a reunião que tratou sobre o futuro do Porto de Estrela na sexta-feira passada.porto de estrela
Ouça a entrevista completa no link:
https://soundcloud.com/user-893991737/entre-aspas-fernando-rohsig-05102020