O tópico de quinta-feira sobre a proposta do candidato Danilo Bruxel (PP) – ele vai abrir mão do Fundo Partidário e do Fundo Eleitoral na campanha para prefeito de Arroio do Meio – foi uma provocação. E não uma crítica. Bruxel atende a um anseio popular, eu sei. Em suma, eu apenas alertei que haverá novo pleito em 2024. E sugeri a todos aqueles que hoje incentivam a proposta para que não mudem de ideia na próxima eleição.
Afinal, uma proposta tão audaciosa precisa estar amparada em convicções. Não pode ser só uma “carta na manga”. Sobre a proposta em si, insisto na complexidade do tema. É preciso separar o “joio do trigo”. No caso, o Fundo Partidário e o Eleitoral.
O primeiro, criado em 1995, serve para custear despesas cotidianas das legendas e é alimentado por multas pagas por partidos políticos, e também com recursos da União. Parece-me mais legítimo. Já o segundo, criado em 2017, serve para “financiar”, com o nosso dinheiro, o fim do financiamento privado nas campanhas.
Bruxel atende a um anseio popular, reforço. E cabe ao eleitor decidir se isso deve balizar ou não o voto. Mas o assunto merece ser mais debatido. Faz tempo os fundos são mal utilizados pelos grandes caciques dos partidos, que decidem para onde vão as fatias do bolo. Os diretórios precisam mendigar pelo recurso. E pouco chega ao Vale do Taquari.
Por outro lado, e se bem utilizado e sem valores absurdos, o Fundo Partidário pode ser saudável para garantir acesso aos novos políticos e evitar a perpetuação de quem se alimenta da máquina pública.
30 segundos
Parece pouco. Mas é muito. Trinta segundos pode ser um tempo muito curto para alguns políticos. Mas, e se bem aproveitado, pode ser de muita utilidade para outros tantos. Aliás, essas três dezenas de segundos podem representar um período muito extenso para quem não tiver a convicção necessária para explicar algumas questões cruciais. Faça o teste. Pergunte ao seu candidato as razões pelas quais ele quer ser vereador. E lhe garanta “apenas” 30 segundos para a resposta. Você ficará surpreso!
A provocação foi lançada pelo Cientista Político Fredi Camargo no Debate “Política Cidadã”, realizado nessa quarta-feira pela Rádio A Hora. Ele contou sua experiência como consultor de campanhas. E falou sobre os 30 segundos. Segundo o especialista, pouquíssimos candidatos a vereador souberam explicar, em 30 segundos, as razões pelas quais buscam uma cadeira no plenário. Aliás, pouquíssimos entendem, de fato, as reais funções de um parlamentar no âmbito municipal. Tal como uma grande fatia dos eleitores.
Comitês
Em Encantado, a Situação ficará na Rua Duque de Caxias, no antigo Espaço Vida da Unimed. Já a Oposição se instala ao lado do Colégio Cenecista Mário Quintana, na Rua Padre Anchieta, centro da cidade.
Já em Teutônia, a Situação se concentra na rua Tiradentes, bairro Canabarro. Enquanto isso, a coligação do PP e do MDB ficará no mesmo bairro Canabarro, na Rua Capitão Schneider. Já a equipe do PDT e do Cidadania escolheu um espaço na rua Carlos Arnt.
Pro-Move Lajeado
Os três candidatos de Lajeado observam para a “inovação” nos planos de governo. Marcelo Caumo (PP) quer dar continuidade ao Pro_Move e incentivar novos negócios inovadores, tecnológicos e relacionados às áreas de atuação do movimento. Daniel Fontana (PSB) sugere ampliar a parceria com a Univates para o polo de tecnologia e inovação, com base em empresas e incubadoras que fomentem a ciência. Por fim, Márcia Scherer (MDB) promete a criação, no Centro Histórico, do CeInovaEm (Centro de Inovação e Empreendedorismo). Mais detalhes no debate agendado para segunda-feira, às 15h, na Rádio A Hora 102.9.
Volta às aulas
O Ministério Publico (MP) vai atuar para monitorar o retorno gradual às aulas presenciais no Estado. A promotora de justiça da Comarca de Passo Fundo, Ana Cristina Ferrareze, por exemplo, já abriu Procedimento Administrativo de Acompanhamento de Instituições para acompanhar o retorno das crianças e adolescentes às salas de aula em Putinga e Arvorezinha.
4.815 mortos
Quase sete meses após o início “oficial” da pandemia no Rio Grande do Sul, e os números são dolorosos. São 4.815 mortos em função da covid-19. São vidas que já não voltam mais. São histórias que foram cessadas abruptamente pelo novo coronavírus. Desse trágico montante, a imensa maioria estava acima dos 60 anos. Foram 3.856 idosos vitimados pela pandemia.