• Como foi a criação do Maturidade Ativa?
Já existia um projeto similar, porém não nos moldes de programa. Aí, em 2003, sentiu-se a necessidade de atender o público da terceira idade. No início, tivemos que captar os clientes potenciais para viabilizar o projeto. O Maturidade Ativa foi instituído como projeto piloto em Lajeado no dia 23 de setembro. Deu certo e, em consequência, foram fundados mais outros grupos nas unidades de Bagé, Santo Ângelo e Navegantes (Porto Alegre).
• Que mudanças o programa teve ao longo dos anos?
De início, o Maturidade Ativa tinha diretoria, com presidente, vice, secretário e tesoureiro. Eles coordenavam e faziam acontecer as atividades, enquanto nós dávamos o suporte técnico. Depois, se extinguiu a sistemática e, aí sim, uma pessoa do Sesc passou a coordenar o projeto, com o objetivo de oferecer ações voltadas em prol do envelhecimento ativo, tanto na saúde, na segurança e na participação social.
• O Maturidade Ativa realiza atividades presenciais diversas, que estão suspensas pela pandemia. Como está estruturado o programa hoje?
Os encontros presenciais ocorriam todas às terças-feiras a tarde, no teatro do Sesc. As atividades estão ocorrendo de maneira online e ainda não temos data para voltar. Mas os contatos são frequentes, quase diariamente com o grupo. Temos hoje 60 pessoas cadastradas e estamos abertos para novos integrantes. Podem participar pessoas acima de 50 anos, de ambos os sexos, que tenham também interesse em fazer um trabalho solidário.
• Que ações sociais o grupo faz?
Já fizemos algumas ações de bastante relevância, como a confecção de toucas de crochê em 2018, doadas para meninas que estavam em tratamento contra um câncer no Hospital Femina. Ano passado também foram feitas colchas para a casa de acolhida da Fundef. São alguns exemplos.
• Você atua no Maturidade Ativa desde o início. Qual seu sentimento em relação ao programa?
De gratidão. Quando iniciei, tinha 23 anos e pensava: quem sou eu para administrar um grupo de terceira idade? Com o passar do tempo, esse elo se intensificou. Não vejo eles como clientes, e sim como amigos. Há uma troca de cultura, conhecimento e informação. Somos muito apegados a essas pessoas de uma forma que não tem explicação. É gratificante estar tanto tempo à frente e ver que eles gostam de estar no Sesc.