• Como e quando surgiu a ideia da Kombi?
Nós havíamos comprado esta kombi em dois, eu e meu amigo Pablo. Primeiro, a gente ia comprar um carro para botar no meio do mato, um fusca ou um chevette para fazer trilha. E ele deu a ideia da kombi, que seria mais utilitária, dá para acampar e para fazer essas proezas. Como ele vai ter um filho, abandonou e eu comprei a parte dela. Aí botei som, alarme, trava elétrica, som, geladeira, pia e ajeitei os bancos. Aos poucos ou vou ajeitando.
• O que falta nela para ficar no seu gosto?
Faz dez meses que estou trabalhando nela. Agora quero colocar uma TV e um conversor que vai transformar a energia para 12 volts, daí a geladeira, o freezer e a TV vão funcionar com ela andando. Ela tem mais um banco, com ele dá para levar nove pessoas. Vou adaptando ao meu gosto. Pesquiso na internet como fazer e faço. Entrei em um grupo de kombeiros do Rio Grande do Sul inteiro. Aí tinha que batizar e botei o nome de Lola.
• Você usa ela para ir para eventos?
Quando vai ter um encontro de trilheiros em algum lugar, a gente sai sábado depois do meio dia, engata o carretão, coloca três motos, vão três pessoas dentro e vamos. Montamos acampamento, assamos uma carne de noite e tomamos uma gelada. No domingo, fazemos a trilha, guardamos a moto e viemos embora.
• Qual foi o lugar mais distante que você foi com ela?
Agora com a pandemia, fui no máximo até São Jerônimo fazer pescaria. Deu dois dias de viagem. Eu não posso ficar muito tempo fora, porque eu trabalho com tele água.
• O que sua família acha do veículo?
Ah, eles adoram. Eu boto em casa, na garagem, e eles ficam brincando dentro da Kombi. É o parque de diversão da piazada.
• Tem algum lugar que você sonha em ir com os familiares?
Eu gostaria de ter uns dez dias para fazer uma viagem. Fazer um roteiro, ir até Caxias do Sul passar um dia, depois pra praia e ir rodando. Agora tenho outros dois amigos, parceiros de trilha, que compraram kombi.
• Como você começou na trilha?
Compramos umas motos, mas era só incomodação. Nós andávamos nas pistas, mas ficava mais tempo empurrando. Depois fomos para a trilha e estou até hoje. Já fiz três eventos em Arroio do Meio. Em um encontro, vieram representantes de 41 municípios do estado e mais um de Santa Catarina. A gente tem uma equipe de trilheiros chamada Proeza.
• E aonde você deseja ir com a Lola?
Meu sonho é ir com a Lola no maior encontro de trilheiros do mundo, o Bananalama, que ocorre em Santa Catarina (Corupá). Tem sete e oito shows grandes, é um baita evento. Reúne em torno de quatro mil motos. Teve um ano em que um cara de Santa Clara do Sul ganhou uma moto no sorteio.
