O governo de Arroio do Meio prepara licitação para construir um muro de gabião em um trecho de 100 metros da Rua Campos Sales – entroncamento com a Maurício Cardoso até o posto de captação de água da Corsan, no bairro Navegantes.
A obra consiste na construção de uma estrutura de oito metros de altura, sendo três metros firmados dentro da água. Gaiolas de aço preenchidas com pedras de basalto serão utilizadas na construção do muro na orla do Rio Taquari. Haverá ainda uma estrutura de telas para que o muro chegue até o nível da rua e sustente o barranco.
Conforme o coordenador de Planejamento, Fernando Enéias Bruxel, as pedras possibilitarão que a água escoe pela estrutura, suportando a força de cheias futuras. Bruxel acrescenta ainda que a construção evitará a diminuição do talude, o que poderia resultar em um novo ponto de invasão das águas das cheias no bairro.
Um valor de R$ 4,06 milhões foi repassado pelo governo federal ao município de Arroio do Meio para realização da obra. O recurso foi confirmado em publicação do Diário Oficial da União de 2 de setembro.
Além do dinheiro para o muro de gabião, Arroio do Meio também recebeu R$ 337 mil para ajuda humanitária e cerca de R$ 1 milhão para destinação correta de resíduos deixados pela cheia. Atualmente, esses resíduos estão estocados na antiga saibreira do município.
Ambos recursos foram pleiteados na viagem de prefeitos do Vale do Taquari até Brasília no mês de julho.
Problema antigo
Desde 2011, a rua Campos Sales sofre com desmoronamentos, problema que se intensificou com as cheias do Rio Taquari. São quatro casas que ficam nesse trecho considerado área de risco. Em 2015, o governo chegou a negociar, sem sucesso, a remoção das famílias e trocas por áreas de terras no Loteamento Popular Dona Rita.
A enchente histórica de julho deste ano acabou ampliando ainda mais o problema. A rua foi bloqueada para a circulação de veículos em função de prejuízos na sustentação da própria estrada.
A construção do muro de gabião deverá iniciar ainda neste ano, prevê Bruxel. Conforme ele, após construído o muro, o município ainda terá que analisar se será possível o tráfego de veículos mais pesado no local.