Como prefeitos e vice-prefeitos se tornam concorrentes nas urnas de uma eleição para outra? O que faz partidos adversários em âmbito nacional serem parceiros em um pleito de município? Essas foram questões respondidas pelo sociólogo Renato Zanella no programa Frente e Verso da manhã de hoje.
No entendimento de Zanella, os eleitores da região tendem a votar na pessoa ao invés do partido quando a eleição é municipal. “Pouca gente conhece a ideologia dos partidos”, percebe ao destacar que a filiação em uma ou outra agremiação pode ocorrer pela divergência de ideias dentro da própria cidade e não por ideologias.
Sobre parceiros que se tornam rivais nas urnas, Zanella vê como uma situação normal em tempos de “relações líquidas e voláteis”. Comparando com casamentos e negócios, o sociólogo reforça que toda relação tem momentos de “se juntar e se separar”.
“Isso acontece porque a vida coloca questões que a gente concorda e no decorrer pode surgir questões que discordamos. Quando há transparência, lealdade e valores não há problema”, analisa.
Em contraste com a separação de antigos aliados, Zanella cita o fenômeno de consenso em municípios onde ocorriam muitas brigas no passado. “As pessoas cansaram das brigas. Chega um momento que se percebe que isso não leva a nada e se escolhe outro caminho”, ressalta.
Pandemia
Para Zanella, a pandemia auxiliou, em um primeiro momento, os atuais prefeitos que buscam reeleição. Para ele, os mandatátios se tornaram referência durante o avanço da covid-19. “Se está no alto mar em um navio em uma tempestade tu não atira o comandante pra fora”, exemplifica.
A diferença das etnias
O sociólogo também abordou a diferença das etnias. Para ele, a população regional de cultura italiana tende a ser mais emotiva na hora do voto. O mesmo ocorre com os portugueses. Já o alemão toma as decisões baseadas mais na razão, avalia.
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