Lajeado retorna amanhã com as aulas em nove escolas particulares. Isso representa “esperança” de uma possível normalidade em meio à pandemia do coronavírus, avalia o pediatra João Paulo Weiand. A opinião foi manifestada em entrevista ao programa Frente e Verso da manhã de hoje.
Preocupação do médico é com a saúde psicológica das crianças. Pesquisa chinesa aponta que 36% das crianças pesquisadas apontam dependência excessiva dos pais, 32% desatenção, 29% preocupação, 21% problemas de sono, 18% falta de apetite e 13% algum desconforto ou agitação.
Na avaliação de Weiand, já há casos na região de depressão e ansiedade de crianças devido ao período em isolamento. “Acredito que as sequelas desse momento serão sentidas ainda mais forte no ano que vem”, prevê.
O pediatra também defende evitar o uso indiscriminado da tecnologia. Durante a pandemia, os computadores e celulares se tornaram alternativas para manter ensino e convívio social, mas essa rotina deve ser alterada com limitações da interação com essas mídias.
Weiand ainda esclarece o risco menor de contágio do coronavírus em crianças. Os óbitos ficam próximos a 0% em todo o mundo e se resumem a casos isolados de crianças que possuíam comorbidades, informa o pediatra.
Conforme ele, o coronavírus tende a se manifestar como um “resfriado” nas crianças que acabam sendo infectadas. Reforça que outros vírus que já circulam durante o inverno tendem a ser mais prejudiciais que a covid-19.
O pediatra destaca ainda a importância das escolas se prepararem com os protocolos de saúde e os pais estimularem o retorno dos filhos ao colégio. “Não podemos voltar com medo. Temos que comemorar a volta às aulas como uma vitória”, conclui.
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