Geralmente com turmas pequenas ou aulas individuais, os cursos de idiomas têm liberação mais flexível para o funcionamento presencial. Mesmo beneficiados com normas mais brandas, a maior parte dos estabelecimentos de Lajeado segue com atividades remotas.
A retomada presencial foi autorizada pelo governo do Estado em 15 de junho para cursos de idiomas, artes e outros. Os estabelecimentos precisam apresentar um protocolo de segurança para avaliação do comitê municipal.
Das seis escolas contatadas pela reportagem, apenas duas retomaram com as turmas presenciais: Uptime e Wizard. O Cultural mantém as turmas à distância e atende presencialmente alguns alunos individuais. Já Yázigi, Topway e CCAA mantêm as atividades remotas.
Retomada em junho
Diretora da Uptime, Deise Costa conta que a escola, que tem cerca de 250 alunos, voltou ainda em junho.
“Mantivemos a modalidade online para aqueles não podem frequentar a escola. Os demais estamos atendendo presencialmente de acordo com que foi protocolado junto ao comitê”, afirma.
As turmas, que antes tinham limite de oito alunos, agora têm no máximo quatro. As salas são higienizadas entre uma aula e outra e todos usam máscaras. Todas as salas têm janelas, que ficam abertas durante as aulas.
Deise explica que a metodologia de ensino utilizada na escola facilita o cumprimento das medidas. As aulas são marcadas semanalmente e o andamento do conteúdo ocorre de forma individualizada.
Sistema híbrido
Mesmo após apresentar protocolo e obter liberação do município, o CCAA optou por manter as aulas remotas. Em junho, a direção fez contato com os alunos e nenhum manifestou interesse nas atividades presenciais. Em novo contato, essa semana, cerca de 40% dos estudantes disseram querer voltar.
Agora, a escola prepara um sistema híbrido, para contemplar alunos que querem ou precisam ficar em casa e aqueles que optarem pela aula presencial.
“Temos as duas realidades. Alguns alunos têm pessoas de grupos de risco na família. E temos também aqueles que estão ansiosos para voltar. Há ainda vários alunos não estão na cidade, a família foi para casa de algum parente ou sítio”, afirma a diretora Marione Castro.
Nas salas de aula, telas interativas, microfones e webcams preparam o espaço para a nova modalidade de ensino, que permite que o aluno que está em casa participe da aula e interaja com a professora e os colegas. O sistema será implantado de forma gradativa, começando com algumas turmas ainda este mês.
Online independente da pandemia
Para a professora Pietra Laste, as aulas online iniciaram antes mesmo da pandemia. Ela avalia que, no ensino dos adultos, não há prejuízos em relação à aula presencial. A dificuldade maior é em relação a crianças e adolescentes.
“Nos adaptamos super bem em relação ao conteúdo e às tarefas. Eles estão aprendendo muito bem. Tem gente que quer continuar mesmo depois da pandemia. Geralmente são pessoas que trabalham. Facilita por não terem de se locomover”.