As diferentes análises sobre a reforma administrativa do governo federal foram abordadas no programa Frente e Verso de hoje. Crítico à proposta, o deputado federal Henrique Fontana (PT) afirma que as mudanças têm como intuito “enfraquecer os serviços e criminalizar o servidor público”.
Em função da pandemia, Fontana avalia como inadequado o momento de discussão da proposta. Para ele, o que deveria estar em análise é a taxação de grandes fortunas e pagamento de juros no mercado financeiro.
“O que causa o desequilíbrio nas contas não é o funcionalismo público. Se for comparar com países mais desenvolvidos, o Brasil tem menos servidores. Inclusive, melhorar os serviços públicos deveria ser prioridade do governo”, acredita.
Principal crítica de Fontana é o fim da estabilidade do concurso público. Na avaliação dele, isso significaria transformar o serviço público em cargos de confiança (CC), permitindo ao governante demitir funcionários sem critérios. “O governante poderá demitir os que pensam de forma contrária para contratar os amigos”, prevê.
O deputado federal admitiu que a estabilidade pode gerar acomodações. Entretanto defende ser necessário criar mecanismos para punir funcionários públicos quando se comprova a inoperância.
O programa também entrevistou o Jerônimo Goergen (PP) para falar sobre o mesmo assunto.
Ouça a entrevista completa de Fontana no link: