A Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE), de Encantado, conta com a produção de energia fotovoltaica desde o último dia 8. O sistema visa suprir a demanda da Escola Recanto Encantado, Clínica de Reabilitação Intelectual e Lavanderia, todas localizadas na sede da instituição, além do consumo do Centro Especializado de Reabilitação Física e Auditiva – CER II, atualmente sob gestão da entidade.
Através de 256 painéis instalados no telhado da entidade, a estimativa é produzir 14.521 KWH/h ao mês, o que corresponde a mais 75% da energia consumida mensalmente. A economia média será de mais de R$ 12 mil ao mês e a perspectiva inicial é que, no período de cinco anos, o valor investido seja recuperado. A APAE investiu o montante de R$ 440 mil, por meio de financiamento junto ao Sicredi Região dos Vales. A execução da obra ficou a cargo da Solard – Serviços de Tecnologia LTDA, empresa instalada no Parque Científico e Tecnológico da UNIVATES.
Conforme o presidente da instituição encantadense, Felipe Henrique Giaretta, a implementação do sistema de produção e aproveitamento da energia solar foi uma ideia gestada pela diretoria. “Além da utilização de energia limpa, produzida sem agressão ao meio ambiente, visamos a racionalização dos recursos da entidade. Assim podemos reinvestir a economia na ampliação quantitativa e qualitativa dos serviços prestados gratuitamente pela APAE”, explica.
A associação é responsável pela realização de mil atendimentos mensais em sua Clínica de Reabilitação Intelectual e atende noventa e cinco usuários diariamente nas áreas de Educação e Assistência Social. No Centro Especializado de Reabilitação Física e Auditiva, que atualmente recebe pacientes de todo Vale do Taquari, são realizados em média 3 mil procedimentos ao mês, todos oferecidos gratuitamente.
Estação de tratamento
É executado ainda, projeto para instalação de uma estação de tratamento para reutilização de água utilizada pela lavanderia da entidade, diminuindo assim substancialmente os impactos da atividade na natureza. O projeto conta com o trabalho de voluntários das áreas das engenharias civil e ambiental. Porém, para sair do papel, a APAE carece de recursos financeiros.