Atingidos pela cheia aguardam liberação do saque do FGTS

Lajeado

Atingidos pela cheia aguardam liberação do saque do FGTS

Enquanto outros municípios já liberaram o recurso, em Lajeado, moradores relatam problemas no aplicativo e aguardam a autorização da Caixa Econômica Federal para acessar o recurso

Atingidos pela cheia aguardam liberação do saque do FGTS
Moradores do bairro Praia foram os mais atingidos pela enchente e ainda aguardam a liberação do recurso / Crédito: Gabriel Santos
Lajeado

Passados quase dois meses da enchente histórica de julho, muitos moradores de Lajeado ainda esperam a liberação do saque do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). De acordo com o governo municipal a liberação do recurso depende ainda da autorização da Caixa Econômica Federal.

Moradora do bairro Praia, um dos mais atingidos pelas águas, Márcia Terezinha Rosa, esteve em uma agência na última semana. A maior dúvida era quanto à liberação do recurso para os atingidos. “A resposta foi de que estariam aguardando o encaminhamento do governo”, relata.

Márcia acredita que o recurso é essencial para os que perderam móveis e outros pertences com a elevação do rio que alcançou os 27,69m. “Estamos indignados, pois não temos um posicionamento do governo, nem da Caixa”.

Simone Viana da Silva também é uma das moradoras atingidas no bairro. Segundo ela, toda a casa ficou coberta pela água. “Se estivesse liberado o saque poderia fazer a troca das janelas, portas e reformar a casa”. A moradora também foi uma das que procurou o Cras e a Caixa Econômica Federal para obter mais respostas, mas não teve sucesso.

Autorização da Caixa

De acordo com o secretário de Segurança que também responde pela Defesa Civil de Lajeado, Paulo Locatelli, o município já recebeu da União a liberação de R$ 4 milhões para reconstrução de ruas e barrancas atingidas pela enchente. Agora o governo aguarda da Caixa Econômica a liberação do Fundo de Garantia (FGTS).

Segundo Locatelli, uma das primeiras iniciativas do município foi realizar o levantamento de perdas em bairros mais atingidos para elaboração do Decreto de Emergência que já foi homologado pelo governo do Estado e reconhecido pela União. “Tivemos que atender todos os processos burocráticos exigidos pela Caixa para que o recurso fosse liberado”, detalha.

Com isso, o governo municipal explica que a liberação do saque depende apenas da Caixa Econômica Federal. Terão direito ao saque moradores que tiveram o imóvel efetivamente em uma área afetada e o solicitante tenha saldo em conta. Não terão direito a um novo saque os que já realizaram o procedimento por conta de outra situação de emergência ou estado de calamidade pública, em período inferior a 12 meses.

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