A campanha eleitoral deste ano ocorre em um contexto inédito. Com as medidas de distanciamento social vigentes, a tendência é de uma maior mobilização virtual e menos atividades de rua, como o tradicional corpo a corpo com o eleitor.
Com isso, a internet ganha uma importância ainda maior do que nas eleições anteriores. Especialista em marketing digital, Elifas de Vargas projeta que o investimento com mídias sociais será maior este ano.
“A televisão sempre foi balizador da comunicação nas eleições. Agora, os municípios menores, que não tinham condição de fazer material audiovisual, terão. Vai haver aumento tanto no impulsionamento quanto na contratação de profissionais para gerirem as mídias sociais”, avalia.
Outro fator que contribui para este aumento é uma mudança na legislação eleitoral. Até a eleição passada, era permitido impulsionar publicações em redes sociais apenas antes do período de campanha. Este ano, a regra foi invertida, o impulsionamento só são permitidos a partir do dia 27 de setembro, quando inicia oficialmente a campanha.
Vargas chama atenção a outra regra nova. O candidato só poderá pagar para ter maior alcance no Facebook e no Instagram se tiver feito registro com sua página de campanha nestas redes.
TSE divulga limite de gastos
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) publicou ontem em seu site os limites de gastos que os candidatos aos cargos de prefeito e vereador deverão respeitar, em suas respectivas campanhas.
No Vale, a maioria dos municípios terão gasto permitido de R$ 123.077 para campanhas a prefeito e R$ 12.307 a vereador. As exceções ocorrem em Lajeado, Encantado, Taquari e Teutônia.
Quem desrespeitar os limites fixados para cada campanha pode pagar multa equivalente a 100% da quantia acima do teto.
Nas campanhas para segundo turno das eleições para prefeito, onde houver, o limite de gastos de cada candidato será de 40% do previsto no primeiro turno.