Famurs é contrária ao retorno das aulas presenciais em 8 de setembro

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Famurs é contrária ao retorno das aulas presenciais em 8 de setembro

Para a entidade, o estudo apresentado pelo governo estadual não levou em consideração o estágio da pandemia no estado, na comparação com outros estados brasileiros e países, e não considerou um programa efetivo de testagem

Famurs é contrária ao retorno das aulas presenciais em 8 de setembro
"É uma injustiça fazer com que prefeitos e prefeitas tenham essa responsabilidade", diz o prefeito de Taquari e presidente da Federação
Estado

Em reunião realizada com o governo do Estado e Associações de Municípios, na manhã desta terça-feira, 1º, o Executivo apresentou à Famurs um novo calendário de retorno das aulas presenciais no RS. Conforme a proposta, a retomada será pela Educação Infantil a partir do dia 8 de setembro, seguido do Ensino Superior e Médio, Ensino Fundamental anos finais e, depois, anos iniciais. A Famurs manifestou, mais uma vez, que não é favorável a volta às aulas neste momento.

Para a entidade, o estudo apresentado pelo Executivo não levou em consideração o estágio da pandemia no estado, na comparação com outros estados brasileiros e países, e não considerou um programa efetivo de testagem. Em sua explanação, o presidente da Famurs e prefeito de Taquari, Maneco Hassen, argumentou que ainda não há uma estrutura mínima para garantir que os protocolos sejam cumpridos.

“O Estado, que deveria ser o primeiro a nos dar segurança, só vai retornar daqui a 45 dias. Nós, municípios, teremos que fazer o experimento, o teste e correr o risco de ter alunos contaminados, enquanto o Estado espera e, se tudo der certo, voltar em 45 dias. Mais uma vez a responsabilidade fica com os prefeitos e prefeitas” reprovou.

Segundo o presidente da Famurs, o calendário apresentado não é aplicável.

“Se é para voltar, que Estado e municípios voltem ao mesmo tempo. É uma injustiça fazer com que prefeitos e prefeitas tenham essa responsabilidade em um ano de eleição e sofram pressão dos pais, uma vez que a rede estadual voltaria e a municipal não”, justificou Maneco.

A Famurs também reforçou que o calendário de retorno deveria ser invertido, não começando pelas crianças de 0 a 5 anos. Desta forma, a rede estadual retornaria primeiro.

Em suas manifestações, os presidentes das regionais demonstraram novamente preocupações com o cumprimento dos protocolos e fiscalização sanitária; contágio das crianças; despesas com EPIs; dificuldades financeiras para montar estruturas de prevenção; planejamento pedagógico; e testagem de docentes e alunos.

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