A maioria dos casos de suicídio é possível perceber e buscar um tratamento para evitá-lo. A afirmação é do psiquiatra Rafael Moreno em entrevista ao programa Frente e Verso na manhã de hoje.
Para marcar o Setembro Amarelo (campanha de prevenção ao suicídio), o psiquiatra abordou a melhor forma de abordar a vontade de se matar, sem incentivá-la. Segundo ele, não é indicado detalhar como acontece um suicídio, pois isso pode facilitar o ato de se matar.
Citando pesquisa do professor Neury Botega, informa que 2% da população pensa em se suicidar no período de um ano. Desse público, 0,4% realmente realiza algum tipo de tentativa.
“A gente sabe que quem migra para a tentativa é quem tem acesso a informações de como fazer isso”, aponta.
Segundo Moreno, é importante se atentar a depressão, bipolaridade e uso de álcool ou drogas que podem acarretar em suicídio. Nos adolescentes, outro sinal que deve gerar preocupação é a automutilação.
Moreno também destaca que quando uma pessoa fala abertamente em se matar é necessário levar a sério. Cita ainda que muitas pessoas com características suicidas repelem ajuda, mas é necessário manter as tentativas.
Se a pessoa fizer o tratamento, o psiquiatra cita a necessidade de acompanhamento para avaliar se há evolução.
Moreno estima ainda que cerca da metade da população pensa em se matar de forma passageira em algum momento da vida. Esses pensamentos podem ocorrer até na infância, como demonstra pesquisa regional feita com 100 crianças entre 6 a 11. Por isso, a importância de estar atento desde cedo aos sinais que possam indicar predisposição ao suicídio.
Como remédio à vontade de se matar, Moreno citou elenca a necessidade das pessoas manterem relações de amizade e de ajuda mútua.
Ouça a entrevista completa no link:
