As atividades econômicas precisam ser reestabelecidas, as aulas devem retomar e o comércio não pode mais ser fechado. Essa é a opinião do consultor em gestão empresarial, Fernando Röhsig.
Em entrevista ao programa Frente e Verso na manhã de hoje, ele alertou para a necessidade da população se adaptar à covid-19. “Acabou a pandemia. Temos que parar de falar em pandemia e entender que será normal conviver com alguns cuidados”, apontou ao citar os protocolos de higiene e preservação dos grupos de risco.
Röhsig teme prejuízos econômicos ao Brasil caso a produção não for retomada em sua plenitude. Na avaliação dele, os cerca de 8 milhões de contratos de trabalho suspensos podem ser “o custo social e a conta a pagar” após o coronavírus. “Ou vamos retomar ou a conta será pior que da pandemia”, alerta.
Na avaliação de Röhsig, a proximidade do fim do ano e datas como o Natal se tornam o momento ideal para retomada econômica. Cita que o PIB brasileiro vem melhorando. Já havia projeção de PIB com queda de -7% para 2020. Atualmente, o recuo está estimado em -5,28%.
Ele ressalta ainda que países como Alemanha, Inglaterra e França já registram movimentos favoráveis ao retorno da “normalidade”. “Isso vai acontecer cada vez mais e aqui no Brasil também”, prevê.
Na avaliação do consultor, o próprio funcionalismo deveria levantar a bandeira do retorno. “As pessoas têm que pedir para trabalhar dentro dessa regra do novo normal, se cuidando e preservando o grupo de risco”, aponta.
Röhsig abordou ainda o “pre mortem”, conceito do Nobel em Economia, Daniel Kahneman para tomar decisões em momento de crise. Esse método é aplicado no planejamento de projetos, tentando antecipar possíveis fracassos de uma iniciativa.
“Quando pensamos em um projeto, sempre somos muito otimistas. O pre mortem serve para abrir espaço para que os pessimistas também possam se manifestar e ter a visão de todos os opostos”, aponta.
Na opinião de Röhsig seria necessário chamar vários segmentos da sociedade e realizar um pre mortem sobre o retorno da economia. “Se o projeto seguir de pé, talvez o problema esteja nas próprias pessoas,” destacou.
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