Novo plano deve ser apresentado na terça

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Novo plano deve ser apresentado na terça

Cronograma para liberar atividades presenciais seria divulgado nessa quinta. Porém, comitê de crise recuou e a nova previsão do Estado será debatida em reunião com os prefeitos das 27 regiões gaúchas na próxima semana

Novo plano deve ser apresentado na terça
Rede privada afirma ter condições de cumprir protocolos sanitários. Nas escolas públicas, porém, faltam recursos para máscaras e álcool gel. Foto: Arquivo A Hora

Após 94% dos prefeitos rejeitarem a proposição de retorno das atividades presenciais a partir da próxima segunda-feira, dia 31, o Estado recuou e agora traça uma nova estratégia.

O próximo cronograma com as datas para a retomada gradual das aulas deve ser apresentado aos prefeitos representantes das 27 regiões gaúchas na manhã desta terça-feira.

De acordo com o presidente da Famurs e prefeito de Taquari, Emanuel Hassen de Jesus, o Maneco, antes é necessário estabelecer detalhes sobre protocolos sanitários, formação das equipes, sejam professores ou servidores de escolas, transporte escolar e possibilidade de contratações pelos Executivos municipais em período pré-eleições.

Para ele, antes de definir uma data de retorno, essas ajustes precisam ficar claros para os prefeitos. Maneco também reforça a posição da federação sobre o estágio da pandemia no RS. “O principal de tudo isso é termos um retorno às aulas quando a curva de contágio esteja caindo. São necessários no mínimo duas semanas de queda para termos mais segurança de retorno”, avalia.

Em reunião nesta semana, o secretário estadual de Articulação e Apoio aos Municípios, Agostinho Meirelles, afirmou o intuito do governo estadual em retomar as atividades pela Educação Infantil. O mais provável do novo cronograma é de um retorno gradual a partir da metade de setembro.

Do plano estadual, se mantém algumas diretrizes. Tais como: que seja facultativo aos municípios adotar o novo calendário; só regiões em bandeira laranja ou amarela terão autorização de retorno; cada escola terá um plano de contingência; e autonomia às famílias em levar ou não os filhos às escolas.

Abismo entre as redes

A pesquisa “Educação e pandemia no RS”, desenvolvida pelo Cpers em parceria com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Econômicos (Dieese) aponta para um cenário de precariedade nas escolas públicas.

Segundo o levantamento, 91,2% das escolas não têm recursos suficientes para melhorias estruturais antes de receber os alunos. Também faltam verbas para compra de equipamentos de proteção para as equipes dos colégios. Pelos dados, 61,4% dos repasses de verba de manutenção, dinheiro enviado diretamente para a direção das instituições públicas estaduais está em atraso.

Por outro lado, sindicatos ligados à rede particular afirmam que as escolas estão preparadas para a reabertura das atividades presenciais. O Sinepe e o sindicreches defendem autonomia das escolas e das famílias para a volta das aulas.

Já o Estado decidiu que de todas as redes devem obedecer aos mesmos critérios, indiferente da estrutura disponível para professores, alunos e funcionários.

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