Região cobra melhorias em rodovias estaduais

buracos na via

Região cobra melhorias em rodovias estaduais

Entidades locais entregaram reivindicações à Secretaria Estadual de Transportes, cobrando investimentos nas rodovias. Líderes também questionam processo de concessão para substituir a EGR

Região cobra melhorias em rodovias estaduais
Condições das estradas da região alta do Vale geram apreensão por parte de entidades regionais. CIC cobra manutenção por parte do Estado. Foto: Divulgação
Vale do Taquari

A falta de informações quanto ao novo modelo de gestão das rodovias estaduais e as condições precárias de algumas estradas, em especial na região alta do Vale, resulta em nova mobilização dos empreendedores locais.

Nesta semana, a Câmara da Indústria e Comércio do Vale do Taquari (CIC-VT) entregou à Secretaria Estadual de Transportes uma carta em que reforça a cobrança sobre investimentos em manutenção. A região também cobra mais detalhes sobre o andamento do plano de concessões das rodovias hoje administradas pela EGR.

Esse movimento ganhou força após levantamento da ACI de Ilópolis. Pela análise da entidade, quatro estradas apresentam desníveis, buracos, falta de sinalização, o que aumenta o risco de acidentes e de prejuízos aos motoristas.

Conforme o registro há buracos com 40 centímetros de profundidade com um metro de diâmetro. De acordo com a presidente da ACI, Luzia Carlesso, o comércio tem sofrido com o aumento dos gastos com logística. Ela considera um descaso do Estado. “Nos sentimos abandonados pelos poderes. É preciso refazer o trecho entre Putinga e Ilópolis tamanha a degradação. Não tem como passar sem cair nos buracos.”

Pelo estudo da entidade, constam alguns prejuízos devido à precariedade das estradas. Com base nestes dados, a CIC-VT encaminhou nesta semana o documento com pedido de melhorias na infraestrutura nos trechos do alto Vale do Taquari. “Acompanhamos as dificuldades enfrentadas pela comunidade regional em função das péssimas condições das rodovias. Por isso nos mobilizamos afim de estabelecer um cronograma de manutenção”, diz o presidente da CIC-VT, Ivandro Rosa.

Os trechos com mais problemas são: ERS-332 (entre Encantado e Arvorezinha); ERS-425 (Encantado e Nova Bréscia); ERS-435 (Ilópolis e Putinga); e no acesso a Anta Gorda (ERS-432).

Plano de concessões

Outro assunto acompanhado pelas entidades empresariais do Vale diz respeito ao futuro das três rodovias estaduais mais movimentadas da região, as ERSs 129, 130 e 453.

Incluídas no plano de concessões à iniciativa privada, as rodovias passam por análise e formatação do modelo de transferência pelo BNDES. Em meio a pandemia no RS, a Secretaria Estadual de Transportes indica que obras para aumento da capacidade de fluxo não ocorrem enquanto as estradas estiverem sob responsabilidade da EGR.

Antes da chegada da covid-19, havia a perspectiva de lançar os projetos executivos neste ano, inclusive com abertura dos leilões. O avanço da doença obrigou uma revisão nos prazos.

Pela análise do governo, não é viável lançar um único modelo para substituir com agilidade os mais de 700 quilômetros mantidos pela EGR, pois trechos com alto fluxo e alta rentabilidade teriam diversas interessadas enquanto rodovias com menor potencial econômico seriam deixadas de lado. O ideal seria unir trechos rentáveis com outros de menor movimento, como uma forma de equilibrar o interesse das concessionárias.


Veículos no vale

• No RS, são mais de 6,9 milhões de veículos em circulação;

• A frota do Vale do Taquari representa 3,8% desse total;

• São 0,71 veículo por pessoa na região.

Acompanhe
nossas
redes sociais