“É possível contar histórias por meio de uma imagem”

Abre aspas

“É possível contar histórias por meio de uma imagem”

Émerson Coito, 21, é formado em Fotografia pela Univates e, em seu Trabalho de Conclusão de Curso, escolheu abordar o estilo “Fine Art”. Nesta técnica, o morador de Lajeado recriou desenhos de crianças e transformou em fotografias reais

“É possível contar histórias por meio de uma imagem”
Lajeado

• Como surgiu teu interesse pela fotografia? Desde quando atua na área?

Me interessei pela fotografia ainda no Ensino Fundamental. Desde lá, participava de oficinas e realizava trabalho voluntário com turmas infantis na escola onde estudava. Eu era o responsável por registrar todos eventos com equipamentos que a própria instituição fornecia. No Ensino Médio, cursei o magistério e a história não foi diferente. Quando tínhamos alguma atividade diferente, eu era o responsável pelas fotos. Desde então, trabalho com fotografia e, hoje, faz sete anos que atuo de forma profissional.

• O que a fotografia representa na tua vida?

Para mim, a fotografia é a definição de eternidade. Mesmo quando as pessoas se despedem deste mundo, a lembrança dela fica viva por meio de fotos. Ela tem um papel essencial na vida das pessoas. É possível contar histórias por meio de uma imagem.

• Como os fotógrafos fazem para transferir a sensibilidade em uma imagem?

Tudo é uma questão de conexão. O profissional precisa se conectar ao cliente. É necessário entender a proposta, a história de vida, verificar qual o estilo que a pessoa gosta e assim repassar o sentimento pela imagem.

Tenho o propósito de captar para tocar o coração da pessoa que é fotografada. Para quem vê de fora, aquela imagem pode não ter significado, mas para quem vive, há inúmeras emoções em uma imagem.

• Quais os estilos de fotografia que mais te marcam? Por quê?

Gosto das fotos sociais, sejam elas de gestantes, casais ou família. Considero de grande importância, pois é um momento único para eles. Para isso, eu tenho uma estratégia de aproximação para tornar o momento mágico. Acredito que ali, os clientes têm um processo de autoconhecimento.

Percebo que no dia a dia as famílias não muito tempo para descontrair e no ensaio fotográfico, se cria uma outra situação. Tento trazer elementos para alegrar e, além de registrar momentos, consigo trazer esse outro lado das pessoas na fotografia.

• Teu trabalho de conclusão de curso foi transformar desenhos de crianças em fotografias. Como foi essa experiência? E como surgiu essa ideia?

Como eu já tinha o histórico de trabalho voluntário com crianças, resolvi trazer minha experiência para esse momento. Surgiu a ideia de criar um tipo de fotografia que tornasse o sonho das crianças em realidade. Essa técnica é chamada de fotografia Fine Art.

Primeiro, fiz uma sondagem com algumas crianças que se encaixavam nas características das personagens e realizei a entrega dos contos da Chapeuzinho Vermelho, Branca de Neve e da Rapunzel. Os pais leram o conto sem ilustrações. A partir disso, elas representaram o desenho no entendimento delas. Com os desenhos prontos, fiz a releitura com elementos que as crianças tinham estabelecido e transformei os desenhos em fotografias reais.

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