Monitoramento de cheias pauta debate virtual amanhã

Prevenção à enchente

Monitoramento de cheias pauta debate virtual amanhã

Iniciativa do Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica Taquari-Antas tratará de assuntos como o sistema de alerta hidrológico do rio Taquari e suas limitações

Monitoramento de cheias pauta debate virtual amanhã
Em julho, enchente histórica evidenciou necessidade de aprimorar sistema de alerta hidrológico. Foto: Aldo Lopes
Vale do Taquari

O Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica Taquari-Antas discutirá, em reunião ordinária na manhã desta sexta-feira, 28, a gestão de recursos hídricos em período de excesso de chuvas. O evento ocorrerá de maneira virtual, através da plataforma Google Meet, e contará com quatro painelistas.

As apresentações ficam a cargo de Andreia de Oliveira Germano, engenheira e representante da CPRM – Serviço Geológico do Brasil; Pablo Motta Ribeiro, gerente da área regulatória da Energética Campos de Cima da Serra; o engenheiro Júlio Salecker, vice-presidente do Comitê Taquari-Antas e o geólogo Andréas Grings, de Garibaldi.

Ao Vale, que faz parte do comitê, o tema do primeiro painel “Sistema de Alerta Hidrológico da Bacia do Rio Taquari e suas limitações” é de grande relevância. O debate esteve no centro das atenções em julho, por conta da cheia histórica que atingiu diversos municípios da região, tirando muitas pessoas de suas casas.

À Rádio A Hora, Andrea chegou a admitir que houve falha nos equipamentos eletrônicos que monitoraram as águas do Taquari durante a cheia histórica. Os erros foram registrados na madrugada do dia 9 de julho, quando mostraram o nível do rio acima dos 28 metros, quando o mesmo estava recuando. Alegou que ocorreram em função de um ruído na transmissão dos dados de satélite.

Excesso de chuvas

Conforme a engenheira florestal da Emater/RS-Ascar de Caxias do Sul e presidente do Comitê Taquari-Antas, Adelaide Juvena Kegler Ramos, o propósito do painel é destacar o contexto do excesso de chuvas que atingiram a bacia do rio desde o mês de maio, resultando na enchente histórica de julho.

“Inclusive, estará dentro da discussão a questão vivida pelo Vale do Taquari, onde a engenheira Andrea fará colocações no sentido de que, mesmo com toda a tecnologia existente hoje, há limitações no monitoramento das cheias. Será uma forma também de esclarecer a população, já que muitos reclamaram que não receberam alertas”, ressalta.

Adelaide acredita ser necessária a implementação de um sistema mais eficiente para monitorar a elevação do rio. “Para nós, enquanto comitê, nossa missão é fazer a gestão das águas de uma forma que ela garanta água de qualidade e em quantidade para os múltiplos usos da sociedade. E a questão das enchentes gera um conflito nisso”, salienta.

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