“Minha casa é a mochila e o mundo é o meu quintal”

Abre aspas

“Minha casa é a mochila e o mundo é o meu quintal”

Em 2008, Felipe Beleza deixou para trás a região onde se criou e a banda em que tocava, botou a mochila nas costas e foi ao mundo. Em 12 anos, conheceu 60 países, diversas culturas e tornou-se produtor de conteúdo digital sobre viagens, que divulga no Facebook @belezapelomundo e pela Instagram @felipebeleza. De quarentena em Lajeado, aguarda o fim da pandemia para seguir seu rumo. Próximo destino: África.

“Minha casa é a mochila e o mundo é o meu quintal”
Vale do Taquari

• Quando começou a produzir material sobre as viagens?

Foi quando fiz meu primeiro mochilão ao redor do mundo. Eu queria compartilhar minhas experiências com o pessoal. No início, era uma forma de contar histórias pessoais que estavam acontecendo naquele momento. Depois virou uma parada histórica e cultural, vi que a galera gostava disso. Sempre gostei de culturas e religiões.

• O que você busca com as viagens?

Eu viajo para sair da minha zona de conforto. O que eu mais gosto nas viagens é justamente a diversidade, encontrar pessoas que pensam diferente de mim, se alimentam diferente, tem uma religião diferente. Isso é o que me enriquece. Esse é o grande segredo da humanidade: a diversidade que temos em pensamentos e culturas.

• Qual viagem mais te marcou? Por quê?

Meu top 1 é o Tibet. Foi o mais impactante, pelas pessoas, paisagens. Tem alguma coisa especial naquele lugar, que eu não encontrei em nenhum outro no mundo. Fui pra lá em 2014. Escrevi bastante conteúdo sobre o Tibet recentemente. Quando eu vi o que as pessoas passavam, o que a China fez com o Tibet, aquilo me revoltou e motivou a escrever.

• Tem algum lugar que não foi e gostaria muito de ir?

Quanto mais eu viajo, menos eu conheço. Toda aquela região do centro da África, Congo, tenho muita vontade de ir, mas não tive oportunidade. Tinha viagem marcada, mas chegou a pandemia. Ia para a África do Sul e fazer mochilão pelo continente. Estou preso em Lajeado por causa da quarentena. Assim que liberar, estou viajando de novo. Minha casa é a mochila e o mundo é o meu quintal

• Você tem uma trajetória na música também. Como está isso na sua vida hoje?

Eu fundei a Feitoria. Quando saí em 2008, me desliguei completamente da música. Me envolvi com futebol na Itália. Morei dois anos e meio lá e trabalhava como guia no estádio San Ciro. Fui visitar, como turista. Cheguei lá e era uma brasileira que fazia o tour. Ela disse que sempre precisavam de pessoas que falassem português. Quinze dias depois, me mudei para Milão e comecei a trabalhar. Isso foi em 2008, quando saí do Brasil para morar na Itália. Hoje tenho a música como um hobby, toco meu violão, meu ukulele. A banda segue, tenho maior carinho pela Feitoria.

• Para quem já viajou pelo mundo, tem algum ponto do estado que te atraia?

Primeira vez que fui pro cânion do Itaimbezinho foi no ano passado. Pirei, aquele lugar é incrível. A gente tem uma qualidade de turismo e de natureza que é sensacional. Aquele lugar é incrível e é pouco valorizado. Quer o muito de conhecer os pampas, a fronteira com Argentina e Uruguai. Não conheço as missões ainda, acredita? Santo de casa, às vezes a gente não valoriza

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