Corsan quer tratar esgoto de 90% dos lares do RS até 2033

Saneamento Básico

Corsan quer tratar esgoto de 90% dos lares do RS até 2033

Governo do estado projeta R$ 5,6 bilhões em parcerias público-privadas, a partir do Marco Legal do Saneamento Básico

Corsan quer tratar esgoto de 90% dos lares do RS até 2033
Estado

Apenas 17% dos lares gaúchos possuem coleta e tratamento de esgoto. A expectativa do Estado é alcançar 90% das casas, até 2033. Para isso, a Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) pretende realizar uma série de parcerias público-privadas (PPP) com empresas nos ramos jurídico, contábil e de engenharia civil.

Na tarde de ontem, o governo estadual e a Corsan realizaram uma videoconferência para apresentar as diretrizes da instituição a partir das mudanças previstas pelo Marco Legal do Saneamento Básico. O evento virtual contou com a participação do governador Eduardo Leite, do secretário do Meio Ambiente e Infraestrutura, Artur Lemos Júnior, e do diretor-presidente da Corsan, Roberto Barbuti.

“Já atingimos a universalização da água, mas a situação atual do tratamento de esgoto é inaceitável”, ponderou Barbuti.

O Marco Legal do Saneamento Básico, sancionado em 15 de julho, institui novas regras do saneamento no Brasil. Entre outros pontos, determina que contratos de saneamento, incluindo os que estão em vigor, devem definir metas de universalização dos serviços de água e esgoto até 2033.

Para o governador Eduardo Leite, a falta de rede de esgoto, é uma oportunidade de investimentos. Segundo ele, os investimentos para estruturar o saneamento gaúcho vão criar empregos e fazer a economia girar.

“Nosso Brasil tem, em suas carências, uma cena lamentável, mas, ao mesmo tempo, se extraem oportunidades para investimento. Lamento que tenhamos chegado a 2020 com esses indicadores sanitários no Rio Grande do Sul, que não condizem com a força econômica do nosso Estado, mas essa é uma oportunidade de investimentos que podem gerar emprego e renda e movimentar a economia”, declarou o governador.

Hoje, a Corsan atende a 317 cidades, contabiliza 6 milhões de usuários e emprega 5,7 mil funcionários. A companhia já concluiu o plano de investimentos para os 317 municípios a fim de adequar os serviços ao regramento do novo marco. A previsão de investimento é de R$ 15 bilhões.

A companhia modela seis PPPs, que abrangem 50 municípios das regiões da Serra/Hortênsias, Planalto, Vale do Rio Pardo/Santa Maria, Litoral e Região Metropolitana de Porto Alegre. O investimento previsto é de R$ 5,6 bilhões.

Artur Lemos Júnior, da Secretaria do Meio Ambiente acredita que é possível entregar as metas do marco do saneamento nesses próximos 13 anos. “Nosso desafio até 2033 é grande, mas a missão da Corsan está posta: se tornar referência nacional em saneamento”, projetou.

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