Um termo de cooperação entre Brasil e Peru para a produção de orgânicos deve ser firmado para promover o desenvolvimento das duas regiões. O engenheiro agrônomo e representante na Argentina do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), Caio Rocha, participou do programa A Hora Bom Dia, desta terça-feira, dia 25, para esclarecer o projeto inédito entre Santa Clara do Sul e a província peruana de Hancavelica.
Conforme Rocha, o IICA promove o assessoramento técnico por meio da troca de conhecimento, além de inovações tecnológicas e estudos sobre o desenvolvimento da atividade nas duas regiões. “Percebemos que as pessoas se preocupam com a alimentação e os produtos orgânicos. Procuramos gestores públicos interessados neste desenvolvimento”, reforça.
O termo de cooperação foi debatido entre o governo de Santa Clara do Sul em uma reunião virtual com o IICA. A proposta de colaboração está em análise. Conforme Rocha, além da troca entre as cidades, o termo ainda amplia o mercado para o Brasil e outros países consumirem os produtos orgânicos.
O objetivo do convênio, que tem o apoio da Comissão Interamericana de Agricultura Orgânica, é fortalecer e qualificar a produção, o manejo e a comercialização de produtos orgânicos nessas duas regiões por meio da troca de experiências e de ideias inovadoras que possam servir de modelo e inspirar outros municípios.
Diversificação de culturas
Rocha reforça a importância da diversificação dos produtores. “Temos mercado para a diversidade”, explica. Ele exemplifica a produção de Grão-de-bico. “Só existe produção desta leguminosa em Goias. É possível produzir, depende da vontade de empreender do agricultor”, reforça.
O representante do IICA explica que é o mesmo caso de produções de orgânicos. “Os agricultores precisam decidir o rumo da produção e adaptar sua propriedade ao alimento orgânico”, esclarece.
Santa Clara Mais Saudável
Lançado em 29 de junho de 2017, o programa Santa Clara Mais Saudável incentiva a produção e o consumo de alimentos saudáveis, sem agrotóxicos. Vinte famílias participam da iniciativa, das quais 12 possuem certificação. Atualmente são 50 hectares de área cultivada.
Confira a entrevista na íntegra: