Estado insiste em proposta de volta às aulas com educação infantil

Retorno dos alunos

Estado insiste em proposta de volta às aulas com educação infantil

Informação é do secretário estadual, Agostinho Meirelles. Conforme ele, governo estadual teme transferência de quase 200 mil alunos para rede pública caso escolas particulares fechem e afirma existir “mercado informal” para atender crianças de 0 a 5 anos

Estado insiste em proposta de volta às aulas com educação infantil
FOTOS: Arquivo
Estado

Nova rodada de conversa entre Estado e prefeitos ocorrerá amanhã para debater o calendário de volta às aulas. Em entrevista ao programa Frente e Verso, secretário estadual de Articulação e Apoio aos Municípios, Agostinho Meirelles afirma que o retorno inicial pela educação infantil para dia 31 de agosto segue sendo a proposta do Estado.

Meirelles salientou que o plano estadual dá autonomia aos municípios escolherem se querem ou não retornarem. As escolas também precisam aceitar a volta das aulas e se adequar aos protocolos. Por fim, os pais podem optar em deixar os filhos retornarem para sala de aula.

Agostinho Meirelles

“A proposta do Estado é democrática e chega em um momento que pais, escolas e municípios demandam pelo retorno às aulas”, afirmou o secretário ao citar proposta encaminhada por Lajeado faz cerca de dois meses.

Meirelles destaca ainda que o retorno é “a partir do dia 31”, ou seja, os municípios poderão optar por outras datas para volta dos alunos. Cita ainda que, em função dos protocolos, o retorno deverá ocorrer com 50% da capacidade, sendo que deverá haver rodízio de alunos.

Uma das preocupações de Meirelles é com as dificuldades financeiras das escolas privadas de educação infantil. Segundo ele, se projeta a transferência de aproximadamente 200 mil alunos para a rede pública caso a educação privada encerre as atividades. “Essa sobrecarga nos causa preocupação, por isso decidimos trabalhar com a proposta da educação infantil primeiro”, justifica.

Meirelles cita ainda a criação de um “mercado informal” para atender as crianças de 0 a 5 anos. “Esse mercado informal coloca ainda mais em risco as crianças, pois os profissionais não são qualificados, estão em casas, com ambientes físicos menores e o manejo não é o mais adequado”, percebe.

De acordo com o calendário de retorno das aulas proposto pelo estado, a educação infantil iniciaria no dia 31 de agosto, seguido pelo ensino superior (14 de setembro), médio e técnico (21 de setembro) e fundamental (28 de setembro e 8 de outubro).

Esse calendário é rejeitado pela maioria dos prefeitos, mostrou pesquisa feita pela Famurs. A entidade tenta reverter decisão do retorno das aulas com educação infantil.

Ouça a entrevista completa no quadro fechado:

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