Atual campeão municipal na categoria titular e aspirante de Cruzeiro do Sul, o Canarinho, de São Bento, está na procura do único troféu que falta para a sua vasta galeria: o Regional Aslivata.
Fundado 1º de maio de 1976, os atletas tinham que levar o próprio fardamento para poder enfrentar outras equipes. No mesmo ano que foi fundada, Rógerio Nonenmacher doou o primeiro fardamento e a bola. “Assim aos poucos o clube foi crescendo e se tornou um dos maiores de Cruzeiro do Sul”, conta o presidente Ari Miguel Dessoy
O primeiro salão de festas foi doado pela prefeitura. Segundo Dessoy, existia uma escola na comunidade, que não era mais utilizada. Com 120 sócios, a equipe realiza diversos eventos durante o ano, e aos sábados a tarde, dois times jogam veteranos. O presidente conta que enquanto uma equipe joga fora, outra joga em casa.
Quais as ações que vocês fazem para deixar o clube em dia?
Ari Miguel Dessoy – No momento, com essa pandemia, a gente está com dificuldade, pois temos as despesas mensais sem ter receitas para pagar. Não tínhamos muito dinheiro guardado, começamos bem o ano e nos primeiros meses estáva bom, entrando bom dinheiro. Temos as promoções tradicionais todo ano, como a Festa do Associado que é realizada em março. Em maio sempre fizemos um um baile aqui e em setembro sempre fizemos outra muito grande, mas a pandemia atrapalhou nossos planos.
Qual a importância do clube para a comunidade de São Bento e para a cidade de Cruzeiro do Sul?
Dessoy – Na minha história, o clube é muito importante. Nasci em cima do campo de futebol. Tenho uma relação muito bonita com essa praça de esportes. A gente sabe as dificuldades que é fazer futebol no interior, de conseguir arrumar patrocinadores. A gente sempre tenta manter as atividades no clube, pois se não tem futebol, tem apenas umas três, quatro pessoas jogando carta. Pela sociedade que a gente tem jamais íamos conseguir manter a sociedade em dia.
Vocês pretendem ir para o Regional?
Dessoy – A principio está no nosso planejamento. Não confirmo com 100% de certeza, mas esta no nosso planejamento. Tem muitas coisas pela frente ainda. Alguma coisa agente vai jogar, se não for de tarde, vamos no veterano. Queremos movimentar a sede. Não podemos deixar a sede parada.
Vocês estão jogando a Copa Integração, qual é a projeção de vocês?
Dessoy – A gente foi convidado pela Aslivata para jogar a competição. Eles tinham poucos times e convidamos outro time de Cruzeiro do Sul para jogar junto. No momento, a gente entrou para brigar pelo título. Fizemos um time com gurizada de casa, bastante gurizada do segundinho, pois queremos dar rodagem para nossos jogadores. Nosso objetivo é tentar chegar o mais longe que puder.
O que precisa ser feito para o municipal de Cruzeiro do Sul ter sequência?
Dessoy – As vezes depende de várias coisas. Nos outros anos o campeonato era um dos melhores da região com sete times nas três categorias. Nesse ano deu um desencontro entre os clubes participantes e a liga. Eu nem participei dessa reunião, pois não tinha assumido ainda o clube. Alguns queriam jogar outros não. Depende de ambos os lados, dos clubes e a prefeitura se sentar e organizar. Se todos estiverem no mesmo caminho, o troço funciona.
Como você avalia o amador no Vale?
Dessoy – Olha, eu fui uma atleta que joguei em todas as cidades e vários lugares do estado. Posso afirmar que em poucos lugares do Estado que o amador é tão disputado como aqui. Disparadamente o Regional Aslivata é o melhor campeonato do estado.