O setor calçadista teve impactos expressivos por conta da pandemia. Em Teutônia, foram mais de mil demissões em fábricas e ateliês. O presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Calçadistas de Teutônia (Siticalte), Roberto Müller participou do programa Frente e Verso desta sexta-feira, dia 21, e apresentou um panorama sobre a situação das empresas calçadistas no município.
As perspectivas para o setor são positivas em relação a retomada, afirma Müller. Conforme ele, os registros de vendas aumentaram, além de conseguir manter a produção de sapatos para estoque.
Porém, as fábricas enfrentam dificuldades para encontrar matéria-prima por conta da pandemia. “Estamos felizes com o aumento de encomendas, porém ainda há impasses para produção”, relata.
As fábricas ainda trabalham com efetivo reduzido e algumas suspensões de contrato. Conforme Müller, empresas como Beira-Rio e ateliês estão com redução de jornada, mas a previsão é de que voltem em setembro. Para ele, a possibilidade de reduzir a carga horária com subsídio do governo, salvou os empregos em indústrias.
Demissões
A empresa RR Shoes encerrou as atividades em maio no município. Cerca de 400 funcionários foram demitidos. Müller relembra que outra unidade da Paqueta Calçados também desligou 130 colaboradores. Além de demissões pontuais em ateliês e na Calçados Piccadilly. Conforme o presidente do Siticalte, foram cerca de mil demissões do setor no município.
“Quando o setor entra em crise, são feitas demissões em massa. Porém, quando a economia retoma, é um dos setores que mais emprega”, reforça.
Confira a entrevista na íntegra:
