Após mais de 40 dias, sequelas ainda persistem

Enchente Histórica

Após mais de 40 dias, sequelas ainda persistem

Doze famílias recebem auxílio com aluguel social. Saque do FGTS aguarda a liberação da Caixa Econômica Federal

Após mais de 40 dias, sequelas ainda persistem
Foto: Divulgação
Lajeado

Dona de casa, Luci Joana Saibro, 66, sempre morou na área conhecida como Bairro Praia, no centro de Lajeado, e acompanhou de perto o drama de moradores e vizinhos que perderam tudo com a enchente de julho.

No pico da cheia, Luci precisou contar com a ajuda dos vizinhos para ser retirada de casa e levada até os familiares mais próximos. A mesma situação foi vivenciada pelos demais moradores da localidade, que até hoje calculam as perdas.

A reconstrução da casa e compra dos móveis ocorre aos poucos. A saída para Luci é fazer prestações em lojas e contar com a boa vontade da comunidade que, ao longo dos meses, tem doado também materiais de higiene, limpeza e alimentos “Todos sofreram com isso. Faltou um pouco de sensibilidade do poder público em ajudar os mais necessitados”, avalia.

A vizinha Marinês Soares Monteiro, 51, que mora no Praia há mais de 35 anos, também conta com a ajuda de outros moradores para reconstruir a casa. Na enchente, foram perdidos móveis e eletrodomésticos.

Procurar ajuda

Com o objetivo de ajudar famílias desabrigadas pela enchente, uma série de auxílios já foram encaminhados pela Aecretaria do Trabalho, Habitação e Assistência Social (Sthas). Entre eles, o Aluguel Social, que prevê o pagamento de até R$ 600 por seis meses às famílias desalojadas. O local foi escolhido pelos beneficiários.

Conforme a secretária Céci Gerlach, 12 famílias já foram enquadradas no programa e muitos ainda seguem procurando a assistência social para iniciar as tratativas. “É uma forma encontrada para as pessoas reconstruírem suas residências, que foram completamente invadidas e destruídas”.

Céci também detalha que 52 pessoas já fizeram o requerimento para receber materiais de construção. O pedido é realizado na sede da Sthas, que fará uma vistoria nos locais para ver a real necessidade do pedido. “Se o terreno estiver em área verde, não poderemos auxiliar o proprietário”, explica.

A secretaria também segue com o trabalho de doação de alimentos, materiais de higiene, roupas e cobertores aos mais atingidos. Nos próximos dias, um pavilhão no parque do Imigrante será aberto para iniciar a doação aos necessitados.

Saque do FGTS

Com o decreto de emergência reconhecido pela União, a secretaria aguarda a autorização da Caixa Econômica Federal para liberação do Fundo de Garantia de Tempo de Serviço (FGTS).

Conforme Céci, uma série de encaminhamentos burocráticos atrapalha a liberação. “Não temos nenhuma previsão quanto a isso”, detalha.

Acompanhe
nossas
redes sociais