Mordaça?

Opinião

Rodrigo Martini

Rodrigo Martini

Jornalista

Coluna aborda os bastidores da política regional e discussão de temas polêmicos

Mordaça?

Vale do Taquari

Câmaras sem transmissões. Sites de governos sem notícias. O período pré-eleitoral promete ser um tanto obscuro no que se refere à comunicação institucional. De certa forma, é prudente que assim o seja. Afinal, quem está com a máquina pública tem, inevitavelmente, vantagem sobre quem está buscando o seu lugar ao sol. Mas até que ponto essa “mordaça” eleitoral é vantajosa para o contribuinte? E até que ponto é vantajoso cercear o direito à informação? É uma linha tênue, claro. Mas as informações cruciais seguem disponíveis.

O debate está lançado. Nesta semana, e tal como em outros Legislativos, o presidente da Câmara de Lajeado, Lorival Silveira, determinou a suspensão das transmissões e gravações das sessões plenárias – em 2016, o então presidente Heitor Hoppe fez o mesmo. A medida visa restringir a aparição dos agentes públicos nestes três meses de período pré-eleitoral. Busca, em outras palavras, evitar eventual abuso de poder político. Por outro lado, cessa com parte da transparência necessária aos atos do Legislativo. Mas é só uma parte, reforço.

As medidas são prudentes e atendem à legislação eleitoral no que se refere à publicidade dos atos institucionais, e que passou a valer a partir do dia 15 de agosto. Mas está longe de ser uma “mordaça”. A mesma regra não vale para o Portal da Transparência. Ou seja, todas as informações necessárias ao contribuinte seguem disponíveis nos sites das prefeituras e câmaras. A lei, a bem da verdade, não permite notícias sobre inaugurações em tempos de pandemia, fotos de prefeitos acompanhando “operações tapa-buracos”, e assim por diante. De resto, as assessorias de imprensa podem seguir com seus bons serviços de utilidade pública.

Mas eis que surge um problema. Muito embora as informações estejam disponíveis nos Portais da Transparência, a imensa maioria dos contribuintes nunca acessou tais dispositivos eletrônicos. A imensa maioria da população – e isso inclui até vereadores do Vale do Taquari – desconhece o caminho transparente da informação nos sites e portais do poder público. A bem da verdade, eu reforço, não faltam meios de garantir informações nos dia de hoje. O que falta, historicamente, é curiosidade por parte dos contribuintes.


Sem consenso

Por ora, não há consenso entre os principais partidos de Encantado para a eleição majoritária. A primeira reunião ocorreu nessa quarta-feira. “Decidimos que nada está decidido, ainda. Mas ninguém “matou” ninguém, ainda”, resumiu um dos participantes.


Não é “capricho”. É segurança!

A construção de uma ciclovia na ERS-129, entre os municípios de Estrela e Imigrante – e passando por Colinas –, não é capricho de quem gosta de pedalar aos finais de semana. A ciclovia é uma necessidade urgente para salvar vidas e garantir a integridade de milhares de pessoas que pedalam ou trafegam pela via sem acostamento todos os meses, sejam moradores ou não das proximidades. A ocupação da rodovia estadual pelos ciclistas é uma realidade. E a falsa tranquilidade da pista precisa ser combalida o quanto antes.


Expovale e Construmóbil

A ideia de unir a 22ª Expovale e a 10ª Construmóbil em um só evento em 2021 merece todo o nosso apoio. Não será fácil. O desafio é enorme para os lajeadenses e a principal missão é manter intactas as características de cada feira. Acima de tudo, é preciso construir essa ideia em conjunto. E aproveito para dar os meus “pitacos”. Eu acho que o momento é extremamente oportuno para aproveitar o subaproveitado Parque Histórico Municipal.


Expovale e Construmóbil II

O Parque Histórico está a menos de 20 metros do Parque do Imigrante. Com as novas vias abertas nos bairros Hidráulica e Alto do Parque, já é possível fechar temporariamente o trecho da Av. Lourenço Mayer da Silva, via que separa os dois parques. O próprio – e largo – espaço da avenida também pode ser aproveitado pelos respectivos organizadores. Food trucks, espaço para shows e até estacionamentos estarão muito bem acomodados no local.


Expovale e Construmóbil III

Eu vou além. Sugiro provocar as empresas de patinetes e bicicletas elétricas para disponibilizarem seus produtos durante os eventos. É uma forma inovadora e sustentável de auxiliar o público na locomoção interna entre os parques. E também é uma forma de apresentar essas novidades para a população da região, e também aos gestores públicos. Mundo afora, os utilitários tomam conta das cidades e auxiliam e muito na mobilidade urbana.


Expovale e Construmóbil IV

Muito importante. Juntas, as duas últimas feiras – Expovale 2018 e Construmóbil 2019 – geraram cerca de R$ 140 milhões em negócios. A junção dos eventos tende a aumentar essas cifras, bem como o número médio de visitantes. E a missão do poder público é garantir um espaço adequado para essa demanda de público. Ou seja, é urgente a reformulação e a modernização do Parque do Imigrante. O pavilhão mais novo foi construído em 2006.

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