Inicia oficialmente amanhã, em todo o país, a Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla. A semana tem o propósito de promover o debate sobre a inclusão social e combater o preconceito e a discriminação. Neste ano, o tema será “Protagonismo empodera e concretiza a inclusão social”.
Devido à pandemia, as atividades presenciais com alunos que remetem à data estão canceladas. Mas nem por isso o simbolismo da data passará batido. Em Lajeado, ocorrerão atividades internas e também com as famílias dos alunos da Apae, através das redes sociais.
Segundo a diretora da Apae Lajeado, Ana Paula Rech Müller, o tema da Semana Nacional provoca a reflexão sobre a importância de debater a deficiência física e mental na comunidade em todos os espaços, não somente entre as famílias.
“Mesmo com as ações para a comunidade canceladas, não nos furtamos de trazer a temática à tona. Ela tem como meta trazer essas reflexões, diminuir o preconceito e que todos entendam que a pessoa com deficiência tem capacidade e potencial de ocupar muitos espaços dentro de nossa sociedade”, afirma.
Programação
Com a impossibilidade de realizar eventos presenciais alusivos à data, a Apae aproveitou o mês de agosto para promover atividades diversas.
Amanhã ocorrerá o momento “Portas Abertas”, com a mostra pedagógica interna entre a equipe docente. Será um momento para compartilhar as principais propostas de trabalho, enviadas para os alunos durante o período da pandemia, trocar experiências, apresentar materiais e jogos construídos para as turmas. Também a partir de amanhã serão veiculados nas redes sociais, vídeos de depoimentos produzidos pelas famílias, sobre a importância da Apae nas suas vidas.
Em parceria com as pizzarias Di Napoli, Tutti’s e Chef Leon acontecerá a campanha “Sua pizza ajuda a Apae”, de amanhã até 27 de agosto. Na compra das pizzas um valor será revertido para entidade.
Readaptação
Com a pandemia, a Apae, assim como as instituições de educação, teve que suspender as aulas presenciais. O trabalho remoto foi implantado na entidade e a avaliação, conforme Ana Paula, é positiva. Já o atendimento clínico individual segue ocorrendo presencialmente.
“Tivemos que nos adaptar e nos reinventar neste período. Os alunos estão sendo assistidos pela equipe docente, através de tarefas domiciliares que são enviadas mensalmente. É interessante ver o quanto as famílias estão aderindo e se mobilizando para executá-las. Isto vem nos surpreendendo de forma muito positiva”, ressalta.
Renan Augusto Vieira, 16, frequenta a Apae há 10 anos. Ele tem hidrocefalia e autismo. Para a mãe Vanessa, a escola da Apae é referência no dia a dia para o convívio social. “Ele e eu aprendemos a lidar com questões neurológicas e também de aprendizagem, além do nosso emocional. Aprendemos a lidar com o preconceito e com as diferentes dificuldades que aparecem”, comenta.
