Os representantes das 27 regiões gaúchas, secretários estaduais, integrantes do Ministério Público e do Tribunal de Contas participaram agora pela manhã da 2º teleconferência sobre a retomada das aulas presenciais.
No encontro, a Federação das Associações dos Municípios do RS (Famurs) apresentou a sugestão de interromper por 15 dias o debate acerca dessa volta. Para o presidente e prefeito de Taquari, Emanuel Hassen de Jesus (Maneco), estipular o retorno ainda neste mês é um risco.
Na avaliação dele, é necessário esperar por no mínimo mais 15 dias, como forma de aguardar a curva de contágios caia de forma substancial. Também salienta que a proposta do Piratini prevê uma autorização para que apenas regiões em bandeira amarela ou laranja possam reabrir as escolas.
No entanto, argumenta o presidente, 60% das localidades gaúchas estão em bandeira vermelha. “É precipitado estipular uma data agora. Imagina, os prefeitos contratam, adaptam as escolas, organizam as equipes e dias depois tem de fechar tudo de novo.”
De acordo com o secretário Estadual de Articulação e Apoio aos Municípios, Agostinho Meirelles, o Executivo gaúcho articula a volta para este mês, mas de forma facultativa. Cada prefeito poderia aceitar ou não o cronograma estadual.
Para Maneco, a pesquisa feita pela Famurs precisa ser considerada. “Se a decisão será do prefeito, e nosso estudo mostra que 94% são contra essa volta pela Educação Infantil, seria muito positivo o Estado rever sua proposta até para, mais uma vez, mostrarmos unidade entre os gestores públicos.”
O secretário Meirelles afirma que essas sugestões da Famurs serão apresentadas ao governador Eduardo Leite. No entanto, ele antecipa que suspender o debate sobre a retomada das aulas por 15 dias não é viável neste momento.
Amanhã o gabinete de crise do Estado se reúne. Após esse encontro, diz Meirelles, haverá uma resposta oficial sobre a demanda da Famurs. Depois disso, prefeitos e Piratini retomam o debate. A próxima reunião foi agendada para terça-feira, dia 25.